21/09/2010 18h33 - Atualizado em 21/01/2019 16h23

Alunos participam de eleições simuladas na Escola Francisco Alves Mendes

Uma eleição com direito a candidatos, partidos, propostas, mesários e, é claro, eleitores. Esse foi o clima vivido na noite desta segunda-feira (20) por alunos da Educação Jovens e Adultos (EJA) da Escola Estadual de Ensino Fundamental Francisco Alves Mendes, localizada em Cidade Continental, na Serra. Eles participaram de uma eleição simulada, onde os próprios estudantes foram os candidatos e eleitores. O pleito contou com urnas manuais e cabines de votação cedidas pela Justiça Eleitoral.

Dentro da escola, cartazes e faixas com as fotos e as propostas dos candidatos comprovaram que o clima de eleições tinha tomado conta dos alunos, professores e servidores. A sala para realização da votação foi organizada nos moldes de uma seção eleitoral. Em fila, os estudantes aguardavam ansiosos pela hora da votação. Os mesários organizaram a entrada dos eleitores, conferiam a sua presença e liberavam as cabines para a votação.

A eleição simulada foi o ponto alto de um projeto que vem sendo desenvolvido durante o mês de setembro pela professora de Língua Portuguesa, Mara Paixão. A professora propôs aos alunos e eles, por vontade própria, resolveram se candidatar. Além disso, tiveram que elaborar propostas voltadas para melhorias da escola e da comunidade onde vivem. Em seguida, os estudantes realizaram debates entre os candidatos, fazendo perguntas e questionando as propostas. No último dia 14, a escola recebeu dois técnicos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que demonstraram o funcionamento de uma urna eletrônica.

Para o aluno Vanderlei Santos de Jesus, o projeto despertou a consciência dos alunos para a importância do voto. “Para mim foi excelente. Eu votava, mas não tinha muito conhecimento do papel de cada um, como do presidente, deputado, governador e senador. Agora já sei o que eles devem fazer”, comentou. O estudante Hueldson Souza destacou que a partir de agora vai escolher melhor os candidatos. “Antes de votar em qualquer um vou procurar saber quem é essa pessoa, o que ela fez no seu passado e se o trabalho político dela traz algum benefício para o povo”, contou.

“O melhor de tudo o alerta que o poder que temos de mudar o nosso País está no voto. Temos que entender como funciona o processo e ter a consciência que os políticos que estão aí, fomos nós que colocamos e só nós podemos tirá-los”, enfatizou o estudante Benedito de Souza.

A professora Mara Paixão afirmou que a discussão sobre política, em sala de aula, despertou a consciência e provocou mudanças no pensamento e até mesmo nas atitudes dos alunos. “Superou todas as nossas expectativas. A escola está completamente mobilizada. O curioso é que, muitas vezes, o jovem não se sente mais atraído pela política, mas conseguimos fazer com que eles levassem a sério. Muitos dos nossos estudantes mudaram as suas atitudes e estão melhores na sala de aula. O exercício das propostas e dos debates os ajudou a treinarem a argumentação e o exercício da linguagem e de falar em público”, destacou.

Ela comentou também que o período eleitoral vivido na escola favoreceu a aproximação entre os estudantes. “Nossos alunos também estão mais integrados, já que o projeto conseguiu unir alunos de turmas diferentes. A escola já até atendeu algumas propostas dos alunos e o projeto não vai terminar aqui. Vamos estudar a viabilidade de por em prática as propostas dos vencedores”, contou a professora.

As atividades do projeto também contaram com a presença da técnica do EJA da Superintendência Regional de Educação de Carapina da Secretaria de Estado da Educação (Sedu), Maria de Lurdes Martins. “O projeto é excelente. A escola tem o compromisso de mostrar que a política é um processo participativo e isso aqui foi alcançado, acompanhamos bem de perto esse trabalho e podemos dizer o quanto ele foi bem sucedido”.




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Texto: Elton Lyrio Morati
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