27/05/2022 17h25

Desafios e perspectivas econômicas na Defesa Agropecuária Animal é tema de live realizada pelo Idaf

Lucratividade da pecuária, setor privado e desafios sanitários. Esses foram alguns dos temas abordados pelos participantes da live realizada, nessa quinta-feira (26), pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf).

O encontro contou com a participação do auditor fiscal federal agropecuário Ronaldo Carneiro Teixeira, que abordou a temática “Impactos econômicos das doenças e a importância da defesa sanitária animal para a lucratividade da pecuária”. De acordo com Teixeira, que atua como coordenador geral da área de Planejamento e Avaliação Zoossanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 75% das doenças dos humanos são originárias da fauna. “Cada vez mais fica evidente a importância de ações compartilhadas na gestão da saúde animal, de modo que todos os segmentos estejam comprometidos, fortalecendo as ações de vigilância como um bem público. Na pecuária, o bom desempenho da produção depende de uma gestão integrada da saúde animal, responsável pela lucratividade do negócio, seja no âmbito particular, como no coletivo, por meio da geração de emprego, renda, impostos, entre outros. Nesse sentido, a condição sanitária é básica para tornar o país cada vez mais forte no mercado internacional e viabilizar a lucratividade da produção”, explicou o fiscal federal.

O assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Thiago Rocha, trouxe a perspectiva do setor privado para a discussão. “A defesa agropecuária é imprescindível para garantir a qualidade dos produtos de origem animal e vegetal, prevenindo impactos econômicos desastrosos na ocorrência de emergências sanitárias. A qualidade sanitária do pátio produtivo é item indispensável para acessar mercados. Temos, no Brasil, um patrimônio enorme para defender e isso depende de uma coalização entre o setor privado e o serviço veterinário oficial. Também precisamos ser a ponte entre o setor público e os produtores, facilitando o acesso às informações dos dois lados e fomentando discussões sobre o setor”, disse Rocha.

Representando o Idaf, o gerente de Defesa Sanitária e Inspeção Animal, Raoni Cezana Cipriano, apresentou a estrutura do órgão e o papel do Estado no trabalho de defesa agropecuária. “Segundo dados do Governo do Espírito Santo, 33% da população economicamente ativa está no agronegócio, sendo o setor responsável por 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse número demonstra a importância do segmento e a dimensão que poderia atingir em caso de intercorrências sanitárias, prejudicando, inclusive, outras atividades econômicas. Nessa perspectiva, a capilaridade do Idaf, seja por meio dos escritórios em todos os municípios ou das equipes de fiscalização – fixas e volantes – é essencial para ampliar o alcance das ações de vigilância”, destacou Cipriano.

O gerente do Idaf destacou também o grande desafio que está em andamento, com a retirada da obrigatoriedade da vacina contra febre aftosa, a partir de 2023. “Estamos no processo de suspensão de um dispositivo utilizado há anos, com isso, precisaremos fortalecer ainda mais nossos mecanismos de proteção sanitária. Assim, o trabalho conjunto entre setor produtivo e Estado torna-se ainda mais fundamental, atentando-se para a importância da notificação de ocorrência ou suspeita de doenças em animais de produção. O procedimento é essencial, uma vez que o diagnóstico rápido e a pronta reação podem impedir a disseminação e permitir o controle ou a erradicação de enfermidades, que podem causar sérios impactos na produção animal e na saúde humana”, completou.

A live foi transmitida pelo canal do Idaf no Youtube e pode ser assistida pelo endereço: https://www.youtube.com/watch?v=3M7RsbLPSsc.

 

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