29/10/2019 18h23

Hospital Central realizou 265 trombectomias mecânicas nos últimos dois anos

Nesta terça-feira (29) é lembrado o Dia Mundial do AVC. De acordo com a Rede Brasil AVC, a cada ano 13,7 milhões de pessoas têm um AVC no mundo, 5,5 milhões morrem e, atualmente, existem 80 milhões de sobreviventes da doença. Os dados assustam, mas a prevenção é um grande aliado para ajudar a reduzir esses números.

No Hospital Estadual Central – Benício Tavares Pereira (HEC), gerenciado pela Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC), em 2017, foram realizadas 688 internações na unidade de AVC. No ano seguinte, esse número subiu para 798. Já em 2019, até setembro, foram registradas 697 internações.

De 2017 até o último dia 18 foram realizadas 265 trombectomias mecânicas – cateterismo cerebral no qual é introduzido um cateter pela virilha, alcançando o cérebro do paciente para retirada do trombo responsável por entupir a artéria, o que causa sintomas do AVC. Nos sete anos de funcionamento da UAVC, também já foram realizadas mais de 600 trombólises venosas – tratamento em que um remédio é injetado na veia para dissolver o coágulo que está entupindo a artéria cerebral.

O médico neurologista coordenador da unidade de AVC do HEC, José Antônio Fiorot Júnior, explica que existem dois tipos de AVC: isquêmico e hemorrágico. “O isquêmico corresponde a 80% dos casos e ocorre quando há o entupimento do vaso que leva o sangue para o cérebro. Já o AVC hemorrágico, que ocorre em 20% dos casos, é quando o vaso se rompe, e a principal causa é a pressão alta”, afirma.

Segundo Fiorot, para prevenir um AVC é necessário evitar o entupimento da artéria e o rompimento do vaso: “O que entope a artéria é um processo chamado de aterosclerose, que é causado pelo cigarro, colesterol alto, diabetes descontrolada e, principalmente, pressão alta. Isso, durante a vida toda, vai lesando a parede da artéria e ela vai ficando obstruída, aí uma hora ela entope de vez e não passa mais sangue, o que leva a pessoa a ter um AVC”.

O médico continua: “O que também causa um AVC isquêmico é quando há um trombo, um êmbolo, que sai do coração. Nesses casos, existem dois fatores mais comuns para isso ocorrer: pessoas que tem um infarto do coração, porque o músculo fica fraco, não bate direito, formando um coágulo nele, que se solta e vai parar no cérebro; ou uma doença chamada fibrilação atrial, que é uma arritmia no coração, o impedindo de bater direito e formando um coágulo dentro dele, que se solta e também vai parar no cérebro.”

Nesses casos, Fiorot esclarece que, além de manter o colesterol, a glicose e a pressão sob controle e evitar o cigarro, é necessário o uso de anticoagulante, que dissolve o trombo, impedindo que ele vá para o cérebro.

O neurologista ainda ressalta a importância de reconhecer um AVC rapidamente. “Em 85% das vezes, a pessoa vai ter uma dessas três coisas: um lado do corpo vai ficar fraco – raramente os dois –, a boca vai ficar torta e não vai conseguir falar. Quando acontece isso, é necessário ligar rapidamente para o SAMU, para te levar para um hospital que está preparado para atender um AVC. Se você não mora em uma região que tem SAMU, procure se informar antes sobre o hospital da sua cidade que tem mais condição de atender um AVC”, completa.

Números

De acordo com Fiorot, há uma estimativa de que, no Brasil, ocorrem 300 mil casos de AVC por ano. “Se fizermos uma regra de três para a população do Espírito Santo teremos, por ano, seis mil casos de AVC no Estado. A Grande Vitória abriga 50% da população do Estado, então nós temos aí, provavelmente, três mil AVCs por ano na Grande Vitória”, destaca.

ACSC

Desde 2011, a Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) é a responsável pelo gerenciamento do Hospital Estadual Central, localizado no Centro de Vitória, garantindo 100% de atendimento a pacientes do SUS.

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