Sesa alerta: período de férias pode aumentar perigo de acidentes com crianças
Férias significam crianças fora de casa e muitas brincadeiras ao ar livre. Enquanto tudo é diversão, tudo bem. O problema é quando a brincadeira pode representar perigo e risco de acidentes. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, praticamente a metade dos atendimentos feitos a crianças nos prontos-socorros dos hospitais ligados ao Sistema Único de Saúde é decorrente de causas externas, ou seja, aquelas que poderiam ser evitadas.
Quedas, ferimentos, fraturas, torções, atropelamentos e traumas são os principais perigos a que as crianças estão expostas. A incidência de cada um desses problemas vai depender da faixa etária da criança. Para evitar acidentes, a diretora do Hospital Estadual Infantil de Vitória, Raquel Lacourt, faz o alerta: “crianças devem brincar sempre na presença de um adulto”.
Ela explica que, no primeiro ano de idade, os acidentes mais comuns são quedas que geralmente envolvem a cabeça da criança. “Isso acontece porque, nesta fase, o peso da cabeça é proporcionalmente maior em relação ao restante do corpo, comparando ao de um adulto”. Contudo, os acidentes desta fase raramente são graves, pois a formação óssea craniana não está completa.
De um ano e meio a quatro, são comuns os acidentes em que objetos caem por cima da cabeça da criança. Esta é a etapa em que a criança começa a andar e a puxar tudo o que vê pela frente. Ela engole alfinetes, tampas de caneta, respira objetos pequenos e se queima, ocorrendo, assim, traumatismos nos pés e nos braços.
Monitoramento
Dos quatro aos 10 anos de idade, nas fases pré-escolar e escolar, ocorrem as "quedas banais", assim chamadas porque são corriqueiras, isto é, acontecem a toda hora. Destas, as mais comuns são as fraturas incompletas do punho, que chegam a ocorrer quatro vezes mais em relação aos outros tipos de fraturas no resto do corpo. Dentro de casa, os mais comuns são aqueles acidentes com cabos de panelas virados para fora do fogão e objetos de vidro.
Já as crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos estão mais expostos aos acidentes como quedas de grandes alturas, choque, atropelamentos e afogamentos. Além desses, tem crescido o número de acidentes de trânsito e por arma de fogo.
A diretora do Hospital Estadual Infantil de Vitória afirma que o monitoramento das crianças por um adulto é a melhor forma de prevenir os acidentes, que geralmente acontecem perto ou dentro de casa.
Dicas para evitar acidentes:
- Educar a criança, procurando sempre passar noções de segurança.
- Permitir o uso de brinquedos apropriados a cada faixa etária.
- Ficar sempre atento ao local onde a criança se encontra, para evitar contato com materiais que possam causar danos, como vidro quebrado e substâncias químicas.
- Sempre que possível, adotar itens de segurança como travas de segurança para janelas e gavetas, portões à beira de escadas, protetores de tomadas etc.
- Manter produtos de limpeza e medicamentos longe do alcance das crianças, assim como bebidas alcoólicas.
- Dar bons exemplos de cidadania, como ser obediente às leis de trânsito, atravessar ruas na faixa, não sobrecarregar tomadas.
- Não deixar que as crianças soltem pipas em áreas urbanas e em cima de lajes.
- Não deixar a criança brincar em áreas abertas sem a supervisão de um adulto.
- Não deixar a criança brincar em ruas movimentadas.
- Evitar que a criança fique na cozinha ou no banheiro. Se estiver em um desses locais, que seja na presença e sob monitoramento de um adulto.
- Não deixar objetos de cozinha (principalmente os pontiagudos e cortantes) acessíveis ao alcance da criança.
- Não deixar a criança brincar próximo à piscina.
- Não deixar as crianças sozinhas.
O que fazer em caso de:
- Queda: verificar se a criança está inconsciente e não mexer nela. Chamar o Samu 192 imediatamente.
- Queimadura: não colocar nenhum material sobre a queimadura, como manteiga ou pasta de dente. Se for superficial, lavar com água corrente e, caso seja extensa, cobrir com papel laminado para evitar a perda de calor e levar a criança ao hospital.
- Fratura: se houver suspeita de fratura, colocar uma estrutura rígida para imobilizar o membro provisoriamente, até a chegada do socorro.
- Corte: em cortes profundos, não fazer garrotes, comprimir direto na lesão com um pano limpo e levar ao hospital imediatamente.
- Intoxicação: entrar em contato com o Centro de Atendimento Toxicológico (Toxcen) pelo telefone 0800-283-9904.
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