28/11/2024 17h29

IJSN participa do lançamento do Observatório do Trabalho

Foto: Freepik

Os pesquisadores interessados no PPSUS de 2024 ganharam mais tempo para inscreverem suas propostas. O Ministério da Saúde (MS) decidiu prorrogar o prazo de submissão de projetos de pesquisa na 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS) no Espírito Santo.

O edital, lançado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), visa selecionar propostas com a finalidade de apoiar e fortalecer o desenvolvimento de projetos de pesquisa que busquem soluções para as prioridades de saúde e atendam às peculiaridades e às especificidades do Espírito Santo.

A chamada pública disponibiliza R$6,4 milhões e é fruto da parceria da Fapes com o Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Decit/SECTICS/MS), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Secretaria da Saúde (Sesa).

O público-alvo do Edital é formado por pesquisadores com título de doutor, em exercício efetivo da atividade de pesquisa em instituições de Ensino Superior e/ou pesquisa, pública ou privada sem fins lucrativos, localizada no Estado.

De acordo com a chamada, cinco eixos temáticos podem ser escolhidos pelos pesquisadores. São eles:

  1. Gestão do trabalho e da educação na saúde;
  2. Equidade e determinantes sociais;
  3. Rede de atenção e vigilância em saúde;
  4. Democratização, cidadania e direito à saúde no SUS;
  5. Inovação em saúde.

Case de sucesso de edição anterior do PPSUS: Perna robótica para pessoas amputadas

Rafhael de Andrade coordenou o projeto de dispositivos robóticos para reabilitação e assistência de pessoas que são atendidas pelo SUS, desenvolvido por alunos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Um desses dispositivos robóticos inovadores que já está em fase avançada é uma prótese robótica de perna para pessoas amputadas que emprega motores, robôs e sensores, além de um computador e uma bateria, sendo capaz de realizar o movimento que a pessoa desejar, permitindo assim ter mais mobilidade. Por ser um equipamento único, composto por joelho e pé robóticos, a prótese tem uma diferença crucial para as comercializadas atualmente, que são separadas para joelho ou pé.

"Eu diria que no Hemisfério Sul, a prótese que estamos desenvolvendo é única. Ainda tem muita coisa a ser feita, porque tudo que envolve saúde humana exige que a gente vença grandes barreiras. Mas eu diria que em nível de desenvolvimento tecnológico, que varia até 9, a prótese está em estágio 7 ou 8. A gente já conseguiu testar essa prótese em pessoas amputadas, que andaram bem, conseguiram caminhar, subir e descer rampa, mas ainda precisa de ajustes, até porque a tecnologia não para de avançar. A gente pretende integrar esse dispositivo ao sistema neuromotor da pessoa, de tal forma que a pessoa consiga controlar a prótese robótica da mesma forma com que ela consegue controlar a perna de forma natural, evolutiva. Um controle intencional", explicou Rafhael de Andrade.

No entanto, em termos de o produto chegar até as pessoas para ser utilizado, Andrade explica que ainda há necessidade de ser percorrer um processo de desenvolvimento e comercialização, que deve ser feito por empresas do ramo. O coordenador deseja ainda que possam surgir startups com esse objetivo especifico.

"Acho que a gente está próximo. A universidade não pode comercializar isso como equipamento, claro, a gente precisa transferir essa tecnologia para uma empresa que seja interessada em desenvolver e comercializar o equipamento. Eu diria que estamos no ponto de fazer essa transferência, apesar de o mercado ser bastante fechado e a gente não ter muita empresa que faz isso. Nossa intenção é que surjam startups dentro da universidade que visem desenvolver esses produtos como equipamentos para levar até as pessoas", revelou o pesquisador.

O projeto recebeu um suporte financeiro de cerca de R$138 mil para ser realizado. O valor é proveniente do Edital PPSUS aberto em 2020. 

Serviço:

EDITAL FAPES/CNPq/Decit-SECTICS-MS/SESA nº 17/2024 – PPSUS (retificado): clique aqui e acesse

Prazo para submissão de propostas: até as 23h59 de 05/12/2024
Valor disponibilizado para edital: R$ 6,4 milhões
Sites para submissão: https://www.sigfapes.es.gov.br/ e https://sisct.saude.gov.br/sisct/
Manual de acesso ao Sistema de Informação de Ciência e Tecnologia em Saúde (SISC&T): clique aqui

Manual do pesquisador: clique aqui

Dúvidas sobre o edital? ppsus.es@fapes.es.gov.br

Informações à Imprensa:
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