11/07/2016 10h00 - Atualizado em 07/07/2016 17h52

Saúde: antes de viajar, vacine-se contra febre amarela

Uma das vacinas importantes para quem vai viajar é a que protege contra o vírus da febre amarela. A Secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) orienta quem planeja sair do estado para alguma área de risco a buscar uma unidade municipal de saúde caso ainda não tenha tomado a primeira dose da vacina ou a dose de reforço.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, o vírus da febre amarela não circula no Espírito Santo, por isso, quem mora no estado não precisa ser vacinado, a menos que vá se deslocar para áreas de risco. No Brasil, quase todos os estados têm regiões com recomendação de vacinação. E uma vez que o vírus da febre amarela circula somente em ambiente silvestre, pessoas que viajam para essas áreas devem se certificar de que estão devidamente protegidas.

Danielle Grillo diz que é importante estar imunizado porque, além dos transtornos causados pela doença, que pode matar, a pessoa infectada pode levar o vírus em seu corpo para áreas livres da doença, como é o caso também de Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus que transmite a doença também está presente em outros 46 países da América do Sul, da América Central e da África.

Inclusive, em razão dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e de uma epidemia de febre amarela que ocorre em Angola e na República Democrática do Congo desde dezembro, o governo brasileiro passou a exigir o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) dos viajantes que vêm ou que se destinam a esses dois países africanos.

Transmissão

A médica infectologista e sanitarista Theresa Cristina Cardoso da Silva, do Núcleo Estadual de Vigilância Epidemiológica, explica que o vírus da febre amarela entrou no Brasil pela cidade de Santos no início do Século XX. Na época, a doença se espalhou por diversas cidades brasileiras, até que as autoridades de saúde conseguiram interromper a transmissão do vírus por meio da vacinação e do controle do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, zika e chikungunya.

Tempos depois foi observado que o vírus da febre amarela estava circulando em regiões de floresta, onde a doença é transmitida aos seres humanos pelo mosquito Haemagogus, principalmente. Embora no Brasil não se registre casos de febre amarela urbana desde 1942, o constante fluxo de viajantes entre os estados e a ocorrência de casos e surtos da doença em áreas silvestres próximas a centros urbanos pode propiciar a reurbanização da doença. 

“Uma das principais preocupações das autoridades sanitárias é a reurbanização da febre amarela no país. Uma vez que o vetor da doença na área urbana é o Aedes aegypti, o mesmo que transmite dengue, monitoramos todos os casos graves e óbitos suspeitos de dengue com o objetivo também de detectar uma possível infecção pelo vírus da febre amarela. As duas doenças apresentam sintomas semelhantes, mas a febre amarela é mais grave e tem mais possibilidade de levar à morte”, detalha a infectologista.

O que fazer

Recentemente, o Ministério da Saúde passou a recomendar a aplicação de duas doses da vacina contra febre amarela, válidas para a vida toda, e não mais uma dose a cada dez anos. Para quem viaja dentro do território brasileiro, a imunização segue o Calendário Nacional de Vacinação, com a primeira dose sendo aplicada a partir dos 9 meses de idade.

Em áreas endêmicas, a vacina é disponibilizada para toda a população; já em áreas não endêmicas, como o Espírito Santo, somente para quem vai viajar para áreas de risco. “Se for a primeira vez que a pessoa é vacinada, a dose deve ser aplicada pelo menos dez dias antes da viagem para que o organismo tenha tempo de fazer a soroconversão, isto é, produzir anticorpo contra a doença”, explica a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo.

Quanto aos viajantes internacionais, alguns países exigem a apresentação do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), que é obtido mediante apresentação do Cartão Nacional de Vacinação – comprovante válido em todo o território brasileiro – em um Centro de Orientação do Viajante da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No Espírito Santo, o Centro de Orientação do Viajante funciona no aeroporto de Vitória.

Antecedência

Danielle Grillo salienta que o Espírito Santo recebe do Ministério da Saúde em torno de 3 mil doses da vacina contra febre amarela mensalmente, e que a procura pelo imunobiológico é pequena. Segundo ela, a vacinação costuma ser feita por agendamento a fim de evitar desperdício. Por isso é importante procurar uma unidade municipal de saúde com antecedência.

Existem no mercado frascos com cinco e com dez doses, e, após a abertura da ampola, a vacina tem validade de seis horas. “Assim, trabalhando com agendamento, as unidades de saúde conseguem aproveitar o máximo de cada frasco”, esclarece a coordenadora.

 

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