Fitch mantém classificação de risco do Banestes
A Fitch Ratings manteve a classificação em moeda nacional para risco de crédito do Banco do Estado do Espírito Santo (Banestes) em A+, com perspectiva estável. A manutenção da nota demonstra a solidez do Banco, diante de um cenário de crise nacional, e fortalece a imagem da Instituição no mercado, uma vez que outras empresas do setor tiveram o rating rebaixado.
O relatório da Fitch traz vários pontos positivos sobre o Banestes, destacando a estabilidade de seus indicadores nos últimos anos, principalmente se comparado a outros bancos estaduais no país.
Atualmente, além do Banestes, quatro bancos controlados por estados operam no Brasil. São eles o Banco de Brasília (BRB), o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul), o Banco do Estado de Sergipe (Banese) e o Banco do Estado do Pará (Banpará). Destes, só o último não é avaliado pela Fitch.
“A Fitch observa que estes bancos vêm implementando uma série de melhorias em sistemas e governança corporativa, e são pouco dependentes dos recursos dos seus respectivos controladores. Os indicadores do Banestes estão melhores do que seus pares em termos de capitalização e alavancagem. O banco tem apresentado níveis de rentabilidade estáveis e qualidade de crédito aceitável”, consta do relatório.
Entre os pontos positivos do Banestes, destacados pela agência classificadora de riscos, estão o modelo de negócios do Banco, considerado como estável oferecendo produtos diversificados; a qualidade da Administração, avaliada como adequada e experiente; e a governança corporativa, que vem sendo classificada como neutra para os ratings.
Estratégia bem sucedida; metas factíveis; padrões de subscrição em linha com as práticas dos principais bancos do país; carteira de crédito pulverizada; adequadas ferramentas de risco e de reporte; e o credenciamento do Banco para operar como dealer também são destaques no relatório.
Em agosto, o Banestes foi selecionado pelo Banco Central dentre os bancos mais ativos no mercado, primordialmente nas operações com títulos públicos federais. Com isso, passou a fazer parte de um seleto grupo de 12 instituições com essa credencial.
Ao analisar o perfil econômico-financeiro do Banestes, a agência observou a estabilidade dos resultados e lucratividade; a capitalização e alavancagem em níveis adequados; além da captação e liquidez, consideradas pulverizada e estável. “O Banestes está comprometido em otimizar custos, implementou metas de eficiência operacional e tem revisto todos os seus contratos de custos fixos”, observa a Fitch em seu relatório de rating.
O diretor-presidente do Banestes, Guilherme Dias, destacou que a manutenção do rating do Banco durante dois anos de grave crise econômica, como 2015 e 2016, confirma o bom desempenho da Instituição e a adequação das estratégias adotadas no período. “Além de superar os desafios deste período de crise, o Banestes está preparado para atender uma eventual retomada da demanda de crédito, caso ocorra um cenário de recuperação da economia em 2017”, afirmou.