12/08/2016 16h15 - Atualizado em 12/08/2016 15h45

Hartung defende diagnóstico sobre situação financeira do país

"Temos que ter um diagnóstico claro para saber qual a real situação do país. Me dá a impressão que vai demorar um pouco mais para colocarmos o Brasil nos trilhos". Esse foi o alerta dado pelo governador Paulo Hartung, na tarde desta sexta-feira (12), durante o VI Encontro de Economia do Sudeste. Promovido pelo Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), o Encontro reuniu nos últimos dois dias as principais autoridades do setor.

 

O Encontro foi realizado no Hotel Senac Ilha do Boi, em Vitória, e teve como tema prioritário "Agenda para o Brasil sair da crise". O governador  participou do sexto e último painel, que teve como tema "Qualidade do Gasto Público e Reforma Tributária". Hartung demonstrou preocupação em o país desenvolver uma "hiperinflação". Além do diagnóstico da situação fiscal das contas nacionais, Hartung defendeu uma visão estratégica para estabilização do ambiente de negócios.

 

"A primeira tarefa é ajustar as contas. Essa crise é fiscal. Produzimos internamente. Estamos pagando nossas contas externas em dia. O país tem caixa. Tenho medo de duas coisas: diagnóstico errado do país e uma visão equivocada que nosso problema seja somente de confiança. Se perseverarmos neste caminho, as próximas gerações irão pagar um preço maior por uma situação que não precisávamos estar vivenciando. Estávamos com uma janela de oportunidades aberta e conseguimos criar essa crise fiscal brutal", lamentou.

 

VI Encontro de Economia do Sudeste

Organizado pelo Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), com apoio da revista ES Brasil, o Evento teve como objetivo fazer um diagnóstico dos desafios atuais, além de reunir soluções para que o país possa retomar a trajetória de crescimento econômico. Os temas debatidos foram desde os mais polêmicos, como as reformas Tributária e da Previdência, passando por aqueles que são considerados estratégicos, como a qualidade do gasto público, o endividamento e a desindustrialização, a competitividade e o comércio exterior, dentre outros.

 

Os painéis reuniram 25 especialistas de diferentes linhas de pensamento, como Samuel Pessôa, da Fundação Getúlio Vargas; Jorge Arbache, secretário de Comércio Exterior e Professor da Universidade de Brasília; Paulo Tafner, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Aloisio Araujo, professor do Instituto de Matemática Pura e Aplicada da FGV; Ana Paula Vescovi, secretária do Tesouro Nacional; Marcos Adolfo Ferrari, secretário do Ministério do Planejamento; e Renato Fonseca, da Confederação Nacional da Indústria.

 

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