Escrever um livro infantil parece simples, não é mesmo?! A impressão de quem está fora é que bastam alguns desenhos coloridos e pronto! Mas a nova edição do Caderno D, revista de Cultura do Diário Oficial do Espírito Santo, conta como é a vida dos escritores infantojuvenis capixabas e já dá para antecipar que é de pouco glamour e muito trabalho.

A edição de novembro, que já está em circulação, mostra que diferentemente de décadas anteriores, quando os escritores normalmente contavam com uma grande editora antes de um lançamento, atualmente quem escreve também precisa “suar a camisa” para vender seus livros.

Doutora em Literatura, jornalista e mulher de escritor, Ivana Esteves conhece bem essa realidade. Ela estudou o mercado capixaba com sua tese de doutorado “O desvelar do autor, produtor, divulgador, distribuidor de literatura infantil no Espírito Santo no Século XXI”.

“O que resta para quem quer viver disso é ir atrás do leitor. E há uma grande receptividade das escolas”, destaca Ivana.

Quem também fala de como é o trabalho no ramo é a escritora Elizabeth Martins. “O mercado para literatura infantil cresceu em parte graça aos projetos de incentivo à leitura e ao interesse das escolas em levar escritores capixabas aos projetos internos. Mas, apesar de trabalhar nessa área há mais de 20 anos, ainda considero muito difícil publicar e distribuir nossa produção literária”, afirma.

Além da literatura infantil, os corais formados por servidores públicos também estão no recheio do Caderno D. Eles, que começaram como uma forma de melhorar o trabalho em equipe, foram muito além com o aumento da qualidade de vida dos seus integrantes e a melhora nas condições de trabalho do servidor de uma maneira geral.

Vale a pena conferir ainda o projeto desenvolvido pelo Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade (Gold) que, com a exposição Projetando Identidades, buscou por meio da arte chamar a atenção para a intolerância da sociedade com os transexuais; o protagonismo juvenil que vem sendo incentivado por meio de uma parceria entre a Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) e a Secretaria de Estado da Cultura (Secult); e as surpreendentes apresentações da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (Oses) realizadas nas ruas, em locais completamente inusitados.

O Caderno D acaba de chegar a sua 36ª edição. Para acompanhar esta e outras publicações do Caderno D, basta acessar o site http://ioes.dio.es.gov.br/site/caderno-d. Boa leitura!

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