20/03/2015 14h00 - Atualizado em 22/08/2016 17h00

Profissionais do Incaper discutem cafeicultura no contexto de problemas climáticos em Grupo Técnico nacional de café

A contribuição capixaba no cenário nacional do café tem sido reforçada pela participação do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) no Grupo Técnico do Café Conilon (GTEC). Neste mês, houve uma reunião nacional de integração entre os 8 grupos do Brasil na cidade de Poços de Caldas, em Minas Gerais, com patrocínio da Syngenta. Na ocasião, foram realizados debates sobre diferentes temas da cafeicultura no país e no mundo..

 

Um importante tema de discussão no encontro foram as mudanças climáticas e o aquecimento global e de que forma essas questões podem comprometer a cafeicultura. Na ocasião, destacou-se a importância do manejo correto de água e solo para minimizar os efeitos do clima. “O maior avanço na adoção de tecnologias associadas à produção, práticas de uso e conservação de solo e água, reservação de água na propriedade são extremamente importantes neste momento”, explicou o pesquisador do Incaper e coordenador do programa estadual de cafeicultura, Romário Gava Ferrão.

 

Diante do cenário de estiagem prolongada entre o final do ano de 2014 e no decorrer de 2015, o encontro apontou que a produção de café nas diversas regiões do país pode ser igual ou até inferior à do ano passado. “Em 2014, foram produzidas cerca de 45 milhões de sacas de café. Já este ano, pode ter redução de até 10%”, disse o coordenador de cafeicultura.

 

O percentual de redução na produção varia, no entanto, de região para região. “Segundo a percepção de 24 participantes do GTEC Conilon, a redução de produção do conilon do Espírito Santo, em relação a 2014, deve ser de 20 a 25%, que corresponde de 2,0 a 2,5 milhões de sacas. Já para o café arábica, essa redução pode chega a 10%, máximo de 290 mil sacas”, falou Romário.

 

Entre outros temas em debate estiveram as transformações no que se refere ao processo sucessório na família, no trabalho e na sociedade. Discutiu-se a necessidade de interação entre as diversas gerações, de maneira que os técnicos que atuam no meio rural possam atualizar-se constantemente frente às inovações apresentadas no cenário do café.

 

Atualmente, seis profissionais do Instituto acompanham os debates: os pesquisadores Romário Gava Ferrão, Maria Amélia Gava Ferrão, Aymbiré Fonseca, José Antônio Lani, Abraão Carlos Verdin Filho e Paulo Volpi. No Grupo de Trabalho de Café da Região das Matas, que inclui o Sul Caparaó capixaba e parte de Minas Gerais, participam os extensionistas Fabiano Tristão e César Abel Kroling.

 

Assessoria de Comunicação – Incaper
Juliana Esteves - juliana.esteves@incaper.es.gov.br 
Luciana Silvestre - luciana.silvestre@incaper.es.gov.br 
Texto: Luciana Silvestre 
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