24/10/2017 15h33

15 pesquisas científicas financiadas pela Fapes são realizadas em Alegre

Quatro escolas do município de Alegre apresentaram, na tarde da última segunda-feira (23), os resultados finais de 15 projetos de iniciação científica júnior – Pic Júnior, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). As pesquisas foram desenvolvidas por alunos dos Ensinos Fundamental e Médio, com o auxílio de estudantes de graduação, um pesquisador e um professor.

São pesquisas de diferentes áreas, sempre pensando no meio ambiente, na melhoria da economia ou na resolução de problemas. Muitas delas já viraram ou vão virar artigos científicos ou contribuem para a melhoria pessoal e educacional dos alunos.

Um dos exemplos é o projeto “Manutenção na horta medicinal para a produção de fitodomissaniantes”, em que os alunos desenvolveram desinfetantes, amaciantes, detergentes, sabonetes, sprays aromáticos 100% naturais ou com menos compostos químicos. “Aprendemos muitas coisas, sem contar que esse aprendizado pode nos levar a uma fonte de renda opcional”, destacou uma das alunas, Pamela Silva, de 14 anos.

No Pic Júnior os alunos aprendem conteúdos que talvez só aprenderiam na faculdade. “Muitos estudantes daqui querem ir para a capital cursar a faculdade e acabam ficando longe da família, deixando que pessoas de fora ocupem seus lugares. O objetivo do projeto é justamente incentivar que eles ingressem em uma das universidades públicas presentes no município e assim fomentem ainda mais o crescimento na região”, destacou a assessora responsável pela avaliação de resultados, Rosa Trevas.

Até o fim de novembro, projetos de todo o estado serão avaliados. Na semana anterior, a Fapes realizou seminário de apresentações de resultados na região centro-norte e, até o fim desta semana, serão realizados também na região sul. Na tarde desta terça-feira (24), está ocorrendo uma apresentação no Instituto Federal do Espírito Santo, Campus Alegre.

Pic Júnior

O Pic Júnior é uma iniciativa do Governo do Estado e todo o acompanhamento é feito pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), assim como a distribuição dos recursos. “Anualmente, a equipe Fapes realiza uma avaliação parcial e final de cada projeto a fim de analisar o andamento e a execução e ver se de fato as pesquisas estão sendo feitas e se os alunos estão aprendendo. Em todas as vezes que realizamos, vimos artigos sendo desenvolvidos em quase todas as pesquisas, e isso o nosso Estado só tem a ganhar”, disse o diretor-presidente da Fapes, José Antônio Bof Buffon.

Para implantar o Pic Júnior em alguma escola pública de ensino fundamental ou médio é preciso submeter em edital lançado pela Fapes. A previsão é de que abra um novo para este tema no próximo ano.

Cada projeto conta com 14 participantes: um professor tutor, o coordenador do projeto; dois monitores estudantes de graduação da área estudada; e mais 10 alunos de ensino médio.  Todos recebem uma bolsa par auxiliar os estudos. A escolha dos alunos e monitores é feita pelo professor e coordenador do projeto por meio de processo seletivo.

Confira abaixo as pesquisas e escolas relacionadas:

EEFM Aristeu Aguiar:

  • Manutenção na horta medicinal para a produção de fitodomissaniantes.
  • Obtenção de farinha do mamão formosa por secagem em leito fixo e secagem em leito de espuma.
  • Genética forense na sala de aula: uma abordagem para o Ensino Médio
  • Diversidade química e potencial biológico em espécies vegetais do Sul Capixaba.
  • Avaliação da atividade antimicrobiana de óleos essenciais derivados de espécies vegetais de interesse no Sistema Único de Saúde.
  • Produção de biodiesel a partir do óleo de fritura.
  • Estudo etnofarmacológico das plantas utilizadas por pessoas hipertensas no município de Alegre.
  • Uso racional de medicamentos: da química ao descarte consciente.
  • Preparação e avaliação da atividade anticâncer de derivados do produto natural bixina.
  • Fator genético no fenômeno linguístico Rotacismo.
  • Métodos práticos para estudar a biologia celular.

EEEFM Sirena Rezende Fonseca

  • Extratos de nim indiano como repelente natural na redução de borrachudo no contexto da educação amnbiental.
  • Utilização de ferramentas computacionais para descrição de problemas do cotidiano visando ao desenvolvimento lógico-matemático dos alunos.

EEFM Oscar de Almeida Gama

  • Avaliação do impacto da educação alimentar e nutricional no estado nutricional de estudantes de Araraí, distrito de Alegre.

EEFM Prof. Pedro Simão

  • Características limnológicas de um trecho urbano do rio Alegre.
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