29/07/2019 15h38 - Atualizado em 29/07/2019 15h39

7º Encontro do Workshop Política sobre Drogas marca reta final dos minicursos

O 7º Workshop Políticas sobre Drogas aconteceu nessa sexta-feira (26), no auditório do Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória. Com o tema “A Comunidade Terapêutica: modelo, método e perspectivas do cuidado em rede”, este é o penúltimo previsto para este ano.

Esse foi o sétimo encontro de um total de oito minicursos abertos ao público sem a necessidade de pré-inscrição. 

Na abertura do evento, o subsecretário de Políticas Sobre Drogas da Secretaria de Estado de Direitos Humanos (SEDH), Carlos Lopes, aproveitou para elogiar a capacidade técnica e profissional das comunidades.

“As comunidades têm plena capacidade técnica e de atendimento, então tenho certeza que será um momento enriquecedor e importante para a troca de experiências”, declarou.

O primeiro palestrante do dia, o psicólogo clínico Glauber Alvarenga Rezende, que também é especialista em Dependência Química pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), fez um resgate histórico abordando o surgimento e o desenvolvimento das comunidades terapêuticas e como elas chegaram ao Brasil.

“A partir do início dos anos 90, com a chegada de drogas mais fortes ao país, ocorreu um boom na criação de casas que recebiam dependentes químicos, mas que ainda não tinham uma metodologia, devido à novidade dos serviços de atenção em regime residencial. Foi apenas em 2001 que essa rede de cuidado recebeu regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, tirando o caráter hospitalar que essas casas tinham”, descreveu.

Glauber também abordou como os serviços hoje são prestados. “Hoje, nosso principal método é trabalhar a convivência, tanto das equipes de acolhimento com os acolhidos, como o bom relacionamento com os gestores. É assim que os serviços prestados irão gerar resultados e reinserção dos indivíduos na sociedade” ressaltou.

Já a psicóloga Karen Ufeldt, que também é especialista em saúde mental e dependência química, além de presidente da Comissão de Fiscalização do Centro de Acolhimento da Subsecretaria de Estado de Políticas sobre Drogas da Sedh, teve como foco de sua palestra o indivíduo que usa este serviço, expondo a necessidade de atenção quanto à singularidade de cada um deles.

“O trabalho terapêutico tem que ser desenvolvido de acordo com a particularidade de cada pessoa e esse trabalho leva tempo. A importância do diálogo, da supervisão, disciplina e espiritualidade devem estar presentes em todas as ações para que nada fuja do proposito dali”, argumentou.

Karen Ufeldt ressaltou ainda a importância de profissionais e casas bem preparadas para o desenvolvimento pleno desse trabalho. “A profissionalização e o preparo psicológico e estrutural dos acolhedores e casas tem importância fundamental no resgate a capacidade do autocuidado”.

Janete Morais Argolo, do Centro de Acolhimento, esteve presente no workshop e comentou sobre a importância de palestras assim para profissionais da área. “Esse tipo de trabalho agrega muito conhecimento para nós que trabalhamos na área, principalmente no que diz respeito às leis e regulamentações, além de instigar a pesquisa e o aprofundamento no assunto”, afirmou.

Texto: Ana Carolina Costa

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