28/09/2021 14h55

Adoção tardia é tema de live da Secretaria de Direitos Humanos

A Secretaria de Direitos Humanos (SEDH) realizou, na última sexta-feira (24), a live alusiva à Semana Estadual de Incentivo à Adoção Tardia, que é lembrada no mês de setembro, após ser instituída oficialmente no Governo do Estado, por meio da Lei nº 10.895, de 31 de agosto de 2018. A Semana tem como principal objetivo estimular a adoção de crianças e adolescentes que estão acima da faixa etária considerada pela maioria dos candidatos à adoção. 

A live aconteceu na página da SEDH no Facebook e contou com a participação da assistente social e professora Luciana Lacerda; da integrante do Grupo de Incentivo à Adoção “Ciranda Vitória”, Andressa Stelzer; e do presidente do Grupo de Apoio à Adoção “Gerando com o Coração”, Antônio Silva.

Além dos expositores, o painel virtual contou ainda com a presença do subsecretário de Estado da Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos Humanos, Junior Bola; do gerente de Políticas de Promoção da Defesa e Cidadania, Flavio Mesquita; e da gerente de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Gepir), Edineia Conceição de Oliveira, que foi a mediadora.

“Esta é uma pauta relevante para a sociedade, principalmente neste momento em que vivemos uma situação complexa mundo afora. Trazendo essas problemáticas mundiais que vemos hoje, há poucos dias vi uma discussão na TV falando exatamente sobre esses questionamentos envolvendo o número de órfãos em países como Síria e Afeganistão, mas sabemos que em nosso país há tamanha problemática a ser discutida também”, pontuou o subsecretário, Junior Bola, que fez a abertura da live.

Iniciando as palestras, o presidente do Grupo de Apoio à Adoção “Gerando com Coração”, Antônio Silva, falou sobre o trabalho da instituição.

“A ONG nasceu já pensando na realidade de não só apoiar pessoas que estão em processo, mas durante e após a adoção também. Nós temos feito isso durante seis anos em Guarapari e fora da cidade, e estamos crescendo na perspectiva de políticas voltadas para a adoção tardia e a adoção de modo geral. Desenvolvemos várias ações, como atividades, seminários, workshops, caminhadas, palestras e entrevistas para falar sobre adoção. Não digo que estamos consolidados. Ainda estamos em fase de amadurecimento e crescimento, fazendo um trabalho em parceria com a Vara da Infância e da Juventude de Guarapari”, disse Antônio Silva.

A assistente social Luciana Lacerda explicou como funciona o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA).

“O Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento foi criado em 2019 e nasceu da união do Cadastro Nacional de Adoção (CNA) e do Cadastro Nacional de Crianças Acolhidas (CNCA), onde tem o banco de dados, único e nacional, composto de informações sobre crianças e adolescentes aptos a serem adotados. Com isso, ele uniformiza todas as informações a esse respeito existentes no Brasil. Além disso, o SNA racionaliza os procedimentos de habilitação, pois o pretendente estará apto a adotar em qualquer comarca ou Estado da Federação, com uma única inscrição feita na comarca de sua residência. As comarcas orientam o planejamento e formulação de políticas públicas voltadas para a população de crianças e adolescentes que esperam pela possibilidade de convivência familiar”, destacou Luciana Lacerda.

A integrante do Grupo de Incentivo à Adoção “Ciranda Vitória”, Andressa Stelzer, conto como foi o processo de adoção da filha dela

“Nós aceitamos esse convite com muita felicidade para falar sobre um assunto bastante relevante, que estamos tratando há muitos anos no grupo e que começou em 2007. Eu entrei em 2009 e foi a própria Vara da Infância que me indicou para participar. Estava ansiosa porque a espera de um filho é uma gestação. No Grupo Ciranda, encontrei apoio e acolhimento que precisava ter para esse processo de adoção de uma maneira melhor para mim e minha família. Quando cheguei ao grupo, eu tinha um perfil de criança: queria um bebê de um ano e sem restrição à raça, mas a restrição de doença. No momento em que entrei e comecei a participar das palestras, ampliei este meu perfil e mudei minha visão. A minha filha chegou em 2010, mas eu continuo participando até hoje”, comentou Andressa Stelzer.

 

Texto: Thalisson Bandeira.

 

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