29/07/2010 15h00 - Atualizado em 24/01/2019 12h06

Adolescentes da Unis mostram habilidades na confecção de Origamis

Adolescentes da Unidade de Internação Socioducativa (Unis I), do Instituto de Atendimento Sócio-Educativo do Espírito Santo (Iases), têm mostrado habilidades artísticas na confecção de peças de artesanato e decoração de Origami, milenar arte oriental feita com dobraduras de papel. Um dos meninos se dedicou por três meses na produção de um grande cisne de papel colorido, que segundo a equipe, é a maior peça desse tipo de artesanato já confeccionada na unidade.

O cisne confeccionado pelo adolescente da Unis tem aproximadamente 60 centímetros de altura e tantas dobraduras de papel que o adolescente até perdeu as contas. Além da beleza da peça, que impressiona pelo tamanho e detalhes das pequenas dobraduras de papel colorido que garante um lindo contraste de cores, o cisne ainda tem uma mensagem especial escrita na parte de trás.

 

Fotos: Comunicação/ Iases

“Na parte de trás escrevi eu te amo. Confeccionei o cisne pensando em dar um presente e vou dar para a minha tia, que está sempre me ajudando”, disse o adolescente.

Sob a supervisão da equipe técnica e com o apoio dos oficineiros e professores de artesanato, o adolescente já conseguiu despertar o interesse de outros adolescentes quanto ao aprendizado do Origami. Além dos cisnes, os adolescentes já confeccionaram peças em outros formatos de animais, flores e cestas. 

A diretora presidente do Iases, Silvana Gallina, e o diretor técnico Antônio Haddad Tápias, já foram presenteados com as peças de Origami produzidas pelos adolescentes.

Saiba mais sobre o Origami:

Origami é a arte de dobrar o papel. A origem da palavra é japonesa: Ori, deriva do desenho de uma mão e significa dobrar; kami, deriva do desenho de seda e significa papel e espírito de Deus. Ao juntar ori com kami a pronúncia fica ‘Origami’

Segundo estudiosos, a origem do Origami é tão antiga quanto à origem do papel. O papel surgiu na China, em 105 a.C. para substituir a seda que era usada para escrever. T´Sai Lun (administrador do palácio do imperador chinês) foi o responsável por essa descoberta, ele misturou panos, redes de pesca e cascas de árvores. No império chinês essa técnica virou segredo e foi guardada por muito tempo. Somente no século VI ela chegou ao Japão, por intermédio dos monges budistas chineses, mas só a nobreza tinha acesso, pois era considerado um artigo de luxo, usado em moldes de quimonos e em festas religiosas (Shino).

O Origami foi introduzido nessas festas:
* Nos casamentos eram feito copos de vinho tinto, dobrados em papel, com borboletas, representando a união dos noivos;
* Os diplomas eram dobrados de maneira especial, e se abertos não podiam voltar a ser fechados sem que fossem feitas novas dobras;
* Os samurais se presenteavam com o “Noshi”, que são pedaços de papel dobrados em forma de leque, amarrados com tiras de carne seca.

Entre 1338 e 1576 o papel se tornou mais acessível e os adornos usados distinguiam as classes sociais. As figuras criadas eram passadas, oralmente, de mãe para filha e somente as dobraduras mais simples eram trabalhadas.

Os primeiros livros de Origami surgiram no período de 1603 a 1867, mas o primeiro com instruções foi “Como Dobrar Mil Tsurus” - Senbazuru Orikata, em 1797. A partir daí o origami tornou-se uma forma de arte muito popular. O livro “Kan No Mado”, publicado em 1845, incluía cerca de 150 modelos de origami, dentre eles o origami de sapo. Este é o marco do crescimento do Origami como atividade recreativa no Japão.

Akira Yoshizawa é o pai da Origami Moderno, ele inventou os Símbolos usados nas atuais instruções passo-a-passo, para ele o Origami é uma filosofia de vida. Depois da invenção do papel o mais importante para o Origami é o Sistema Yoshizawa – Randlett, 1956, pois ele permite a difusão internacional das diversas criações.

No Japão o sapo representa o amor e a fertilidade; a tartaruga, a longevidade e o tsuru (ave-símbolo do Origami), também conhecido como grou ou cegonha, significa boa sorte, felicidade e saúde.

Na Espanha a arte de dobrar papel chegou com os Mouros, do Norte da África, no século VIII, mas só eram criadas figuras geométricas porque a religião proibia a criação de formas animais. Da Espanha, entrou na Europa com as rotas comerciais marítimas e tempos depois, chegou aos Estados Unidos. Reza a lenda que quem fizer mil tsurus, desejando algo, terá sucesso.

Fonte: www.comofazerorigami.com.br



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