Alunos da rede estadual expõem projetos na 7ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia
Alunos de várias escolas da rede estadual de ensino estão apresentando diversos projetos sobre ciência, inovação e sustentabilidade na 7ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia. O evento está sendo realizado no Sesi de Jardim da Penha até sexta-feira (22). Foram selecionados vários projetos de escolas das Superintendências Regionais de Educação (SREs) da Secretaria de Estado da Educação (Sedu).
Uma dessas escolas é a Alto Rio Possmozer, que fica em Santa Maria de Jetibá. Os estudantes apresentam no estande da escola uma miniatura de um engenho usado para a produção de farinha de mandioca. Os engenhos são movidos pela força da água, que pode ser canalizada de rios ou córregos que passam pela região, reduzindo, assim, o consumo de eletricidade. De acordo com os alunos, essas máquinas eram muito comuns no município no final do século XIX e, atualmente, existe uma propriedade que possui um engenho desse tipo, no qual os estudantes se basearam para construir a maquete.
Outro projeto que destaca o aproveitamento de recursos naturais para a economia de energia é o da Escola Victorio Bravim, de Marechal Floriano. Trata-se de um aquecedor solar construído a partir de garrafas pet e caixas de leite. Os estudantes construíram os painéis com as garrafas e, dentro delas, colocaram as caixas de longa vida pintadas em preto fosco para que pudessem reter o calor. Assim, a água que vem da caixa é aquecida ao passar pelos painéis, aos quais ela é interligada por tubos de PVC. Em seguida uma outra tubulação devolve a água já aquecida para que possa ser usada na residência ou na propriedade rural.
Pequenas atitudes sustentáveis. Essa a idéia dos projetos das Escolas Almirante Barroso e Maria Ortiz, de Vitória. Na Almirante Barroso, os alunos desenvolveram um game de perguntas e respostas para computador com o tema Educação Ambiental. Os visitantes eram convidados a jogar o game e quem acertasse todas as respostas ganharia brindes. Já a Escola Maria Ortiz levou para o estande os diversos projetos de sustentabilidade e Educação Ambiental realizados pela escola, como o que estimulou os estudantes a economizarem energia tomando atitudes simples, como apagar uma luz de onde não estivessem, por exemplo.
Resultado da evolução frenética da tecnologia, o lixo digital (restos de componentes eletrônicos como computadores, monitores, entre outros) foi abordado pela Escola Gomes Cardim, também de Vitória. O projeto visa reaproveitar computadores que param de funcionar e, muitas vezes, ficam acumulados nos depósitos de empresas públicas ou privadas. “Às vezes, o computador para de funcionar, mas muita coisa ainda pode ser reaproveitada e isso que pode ser reutilizado nele, muitas vezes, é o que falta para fazer outro computador funcionar, ou para criar uma TV Multimídia, por exemplo. Se usássemos melhor essas peças, descartaríamos bem menos”, afirmou o estudante Jhonny Barros, do curso Técnico em Informática.
A preservação ambiental é o tema de um documentário produzido pelos alunos da Escola Néa Monteiro, de Colatina, e que está sendo lançado no estande da escola na Semana de Ciência e Tecnologia. O vídeo fala sobre a importância da preservação da restinga, mostrando o caso de Itaúnas e das famosas dunas existentes na região. Seguindo a linha da preservação ambiental, o estande da Escola Ana Monteiro, de Alegre, traz o projeto Mata Ciliar. Segundo o professor Otoniel Silva Bertossi, os alunos pesquisaram sobre a importância da mata ciliar e realizaram o plantio de espécies nativas à beira do córrego Lambari, localizado na região.
Os alunos da Escola Baixo Quartel, de Linhares, apresentaram, por meio de banners e maquetes, uma pesquisa sobre o saneamento básico, que é um tema amplamente discutido pela comunidade da região. O aquecimento global foi lembrado pela Escola São Luiz, de Santa Maria de Jetibá. Eles demonstraram, com o uso de maquetes, como acontece o efeito estufa. Os alunos da Escola Aleyde Cosme, de Itarana, apresentaram o tema poluição sonora, abordando ainda alguns princípios da Física existentes na música.
Outro destaque é a Escola Filomena Quitiba, que apresenta três projetos. O primeiro trata-se de um gerador de Van-Graff. O aparelho construído pelos alunos ajuda a explicar fenômenos da natureza como as tempestades e os raios, pela criação de campos magnéticos e através de princípios da eletrostática. Outro projeto é o Corsugador, um cortador de grama adaptado para cortar a grama, rastelar e acumulá-la para que possa ser aproveitada como adubo orgânico. Os alunos construíram ainda uma lixeira móvel, controlada por controle remoto. O objetivo é ajudar pessoas com dificuldades de locomoção, além de proporcionar comodidade e praticidade, já que até mesmo a tampa pode ser acionada com o uso do controle.
Um projeto já destacado da rede estadual e que também marca presença no evento é o Campo Sustentável, do Centro Estadual Integrado de Educação Rural (CEIER) de Vila Pavão. O projeto está concorrendo ao Prêmio Microsoft, que será realizado na próxima semana, na África do Sul. O objetivo é criar uma rede de troca de conhecimento, onde os alunos da zona rural aprendem sobre as tecnologias da informação e têm a possibilidade de ensinar a seus pais, a maior parte agricultores.
Altas habilidades
Além das escolas da rede estadual, o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação (NAAH/S), da Sedu, também está presente no evento. Os alunos apresentaram um aquário e um terrário. No aquário, eles reproduziram o ambiente marinho demonstrando fenômenos como a refração da luz e o princípio de funcionamento do submarino. Já no terrário, eles reproduziram como é o processo natural de vida das plantas. Os estudantes ainda realizaram reações químicas para demonstrar a diferença entre reações endotérmicas (que absorvem calor) e exotérmicas (que liberam calor).
A parte de exposições da 7ª Semana Estadual de Ciência e Tecnologia está sendo realizada no Sesi de Jardim da Penha, até a sexta-feira (22), com entrada franca. Entre os eventos estão a 5ª Mostra de Ciência e Inovação, o 14º Salão do Inventor Brasileiro, o 3º Circuito Metropolitano de Popularização da Ciência, a 2ª Mostra Inova Findes e o 5º Seminário dos Técnicos Industriais do Espírito Santo. A expectativa dos organizadores é de que 40 mil pessoas visitem os 138 estandes da semana. A maioria deste público são de estudantes das redes pública e particular, que estão sendo mobilizados pelos gestores da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect) e Sedu.
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Texto: Elton Lyrio Morati