Com o objetivo de aproximar escola, aluno e família, alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Renato Pacheco, em Vitória, participaram do projeto “Como acender uma luz em um quarto escuro?”, com o tema Perspectivas para o futuro, respeitando as diferenças. Na ocasião, houve debates e mesa-redonda sobre preconceitos, além de interpretações do discurso de Martin Luther King, líder pacifista negro norte-americano.

De acordo com a professora Marinéa Silva Rubim, a ideia do projeto veio após a exibição, em sala de aula, do filme “Escritores da Liberdade”, que conta a história de uma professora que, ao perceber que os problemas enfrentados pelos alunos no cotidiano se refletem na escola, resolve adotar um novo método de ensino. Para isso, a educadora entregou aos seus alunos um caderno para que escrevessem, diariamente, sobre aspectos de suas próprias vidas, desde conflitos internos até problemas familiares.

A esse método adotado, do caderno, a professora deu o nome de “salas escuras”. A partir daí foi proposto que eles expusessem, por meio de seus dons artísticos, como desenhos, músicas, poemas, vídeos, ou mesmo texto, de que forma eles poderiam acender uma luz em uma sala escura, que seriam as dificuldades da vida. “Para nossos alunos estes quartos escuros são famílias desajustadas e sem diálogo, amigos envolvidos em drogas, mortos ou presos, gravidez precoce, violência de várias formas, falta de segurança, solidão, entre outras questões”, analisa Marinéa.

Uma atividade do projeto foi a confecção de camisas de papel, onde foram escritas frases que envolvem tudo o que ficou no íntimo de cada aluno, que foram expostas no mural da escola. “Na reunião de pais, realizada no início do mês, pedimos que os mesmos pensassem em suas salas escuras e também fizessem suas camisas”, contou a professora. “O resultado foram mensagens maravilhosas, tivemos até declarações de amor. Esperamos que esta pequena luz que, com certeza, acendeu em cada coração, possa brilhar sempre para termos dias melhores em nossas escolas como resultado de mudança de atitude em família.”