Alunos de Escola Viva têm aula de campo na Baía de Vitória para aprender sobre o meio ambiente
Para trabalhar a conscientização sobre os cuidados que a comunidade local deve ter com relação ao uso de água poluída, foi realizado, na Escola Viva Presidente Castelo Branco, em Cariacica, o projeto “Ciência é Consciência”. A ação envolveu os estudantes do 7ª ano do Ensino Fundamental, dos turnos matutino e vespertino.
As atividades propostas dentro do evento foram aulas de campo na Baía de Vitória, que passa em Porto de Santana, com coletas e análises microbiológicas das amostras de água colhidas no local. Foi realizada também uma visita técnica à Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan), onde os educandos puderam conhecer como é feito o tratamento de água. A ação foi coordenada pelo professor de Ciências Alexandre Monteiro Daniel, com o auxílio do professor de Matemática Antônio Garcia Junior.
Segundo o educador Alexandre, o projeto proporcionou a consolidação da teoria com a prática e conscientizou a comunidade escolar sobre os cuidados que é preciso ter com a saúde e o meio ambiente. “Foi um trabalho de educação em saúde para cultivar na vida dos alunos de nossa escola, a cultura da medicina de prevenção”, explicou.
O estudante Gustavo Rissoli acompanhou a atividade desde o início e disse que não imaginava que a água da maré era tão poluída. “A partir desse projeto percebi a importância de preservar o mar e o meio ambiente. O mangue tem muito entulho e, nas aulas de campo, fiquei triste em perceber tanta poluição. Foi bacana ir à Cesan e conhecer as fases de tratamento da água. Aprendi muito sobre o conteúdo de Ciências e vi o trabalho que é feito para tornar a água potável”, contou.
Para o professor Antônio Garcia, o resultado foi impactante, pois, por meio dele, foram colocadas placas de avisos para que a comunidade local não tenha mais contato com a água poluída da prainha.
“Desde criança, sempre ouvi relatos de amigos que mergulhavam na baía, sobre o perigo que eles corriam em relação às doenças, mas nunca houve essa conscientização. A proposta foi bastante interessante, pois trabalhou a interdisciplinaridade, aperfeiçoando em conjunto os conteúdos de Ciências, Matemática e Geografia. Com relação à minha disciplina, o projeto trouxe uma maneira prática de tabular dados estatísticos, gráficos e tabelas”, finalizou o educador de Matemática.
O resultado do trabalho surtiu na participação da escola para uma apresentação no Encontro Nacional da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), realizada no Rio de Janeiro, em novembro. A instituição de ensino se destacou entre as 35 escolas participantes na categoria Regional.
“Somos os vencedores da região Sudeste na categoria Projeto de Ciências. Foram 1.228 trabalhos inscritos e o nosso foi escolhido para concorrer em nível nacional. Estamos muito felizes com essa conquista”, comemorou a diretora Kelly Lucas Silva, da Escola Viva Presidente Castelo Branco.
Sobre a Obsma
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) é uma proposta educativa bienal promovida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares nas escolas públicas e privadas de todo o País. Dentre os principais objetivos da Obsma, destacam-se o reconhecimento do trabalho desenvolvido por educadores e alunos nas escolas e a cooperação com a divulgação de ações governamentais criadas em prol da educação, da saúde e do meio ambiente.
Neste ano, ela está em sua 9ª edição, e já conta com 35 destaques regionais. Foram mais de 4.300 professores responsáveis por 1.228 projetos realizados em centenas de escolas do País. Cada uma destas atividades buscou os melhores resultados práticos dentro e fora das salas de aula, com grande impacto na vida das crianças, dos jovens e das comunidades envolvidas.
Os representantes de todos os trabalhos participarão, em novembro, da semana de premiação da 9a Obsma na Fundação Oswaldo Cruz, que ocorrerá no Rio de Janeiro. Confira os resultados no site www.olimpiada.fiocruz.br.
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Vivian Camargo / Flávia Zambrone / Gustavo Pereira
Texto: Emanoele Rocha