18/01/2019 17h01 - Atualizado em 19/01/2019 11h00

Ambientes domésticos são principais proliferadores do aedes aegypti

Altas temperaturas e chuvas que podem ser volumosas e de curta duração, que geralmente ocorrem no final da tarde. Essas são as principais características do verão no Espírito Santo. A junção dessas características com a falta de cuidados simples dentro de casa, acabam contribuindo para a criação de ambientes ideais para a criação do aedes aegypti.

Situações simples não realizadas dentro de casa, que passam despercebidas no dia a dia, podem colocar em risco a saúde das pessoas. Um exemplo disso é a limpeza constante dos recipientes de água dos animais domésticos.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 42,6% dos domicílios do Espírito Santo têm pelo menos um cachorro ou um gato de estimação, ou seja, a cada mil residências do Estado, 426 possuem um animal de estimação.

Por isso, o coordenador do Programa Estadual de Combate a Dengue, Zika e Chikungunya, Roberto Laperriere Júnior, destaca a importância de manter os cuidados dentro de casa durante todo o ano, limpando regularmente, além dos pratinhos de vasos de plantas, os recipientes de água de cães e gatos e também o depósito de água da geladeira.

“O verão é o período mais propício para a proliferação do mosquito por causa das chuvas e calor. A recomendação é não descuidar nenhum dia do ano e eliminar todos os possíveis criadouros do mosquito de maneira a evitar novos focos. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) orienta que todo cidadão escolha um dia da semana, preferencialmente o sábado, que é um dia mais tranquilo, para fazer o checklist semanal em suas residências de forma a eliminar os possíveis criadouros do mosquito”, orientou.

Laperriere também explicou que o ciclo de vida do mosquito tem uma duração média entre três e oito dias, por isso, com a limpeza a cada sete dias é possível eliminar a possibilidade de o mosquito completar esse ciclo. “Sobre a limpeza da vasilha do animal, não basta lavar. É preciso escovar para retirar completamente os ovos que podem ficar depositados. É preciso ressaltar que esses ovos podem permanecer no ambiente por até 450 dias, e quando entrar em contato com a água, eclodir”, destacou.

 

Dados

Na primeira semana epidemiológica de 2019, entre os dias 30 de dezembro de 2018 e 5 de janeiro, foram notificados 492 casos de dengue no Espírito Santo. No mesmo período foram notificados 12 casos de infecção pelo zika vírus e sete casos de chikungunya em todo Estado.

Os números dengue e zika já são maiores que os registrados na primeira semana epidemiológica do ano passado, quando foram notificados (31 de dezembro de 2017 e o sábado, 6 de janeiro de 2018), quando foram notificados 173 casos de dengue, oito casos de infecção pelo zika vírus. Já os números de chikungunya foram de 26 notificações. Por isso é fundamental manter os cuidados em casa para evitar a proliferação do mosquito.

 

Como se prevenir

- Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;

- Tirar água dos pratos de plantas;

- Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;

- Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;

- Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas e sacolas plásticas;

- Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, pratos de plantas, tonéis e caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
Kárita Iana / Luan Ribeiro / Luciana Almeida / Syria Luppi / Thaísa Côrtes

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Tels: (27) 3347-5642 / 3347-5643

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