Desde o início da 23ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, há quatro meses, o Espírito Santo registra no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) uma cobertura vacinal de 68% dos grupos prioritários em que há meta de vacinação. A mudança deste cenário, ainda preocupante devido à baixa adesão da população, pode ser possível. É o que explica a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo.

“A população capixaba, em especial a do grupo prioritário, deve se imunizar contra a gripe. O intervalo entre as doses da Covid-19, em caso de esquemas de duas doses, é uma oportunidade para se vacinar contra a Influenza e, assim, fazermos com que o índice de cobertura do Estado volte a ser referência em todo país, como nos últimos anos”, ressaltou a profissional.

Danielle Grillo explica que no caso dos grupos prioritários, definidos por serem grupos de pessoas que podem desenvolver formas mais graves da doença, a vacinação contra a gripe precisa ser mantida anualmente. Ela destaca ainda que a vacina Influenza já está disponível, desde julho, a toda população acima dos seis meses de idade. 

“Entendemos a preocupação das pessoas em relação à vacina da Covid-19, mas também precisamos compreender que a vacina da gripe é para ser tomada todos os anos. Podemos ter as duas, seguindo o intervalo de 14 dias entre elas. Então, se tomou a vacina contra Covid-19 hoje, espere 14 dias e procure o serviço de saúde de seu município para se vacinar contra a gripe também”, pontuou.

A vacinação contra a gripe em tempos de pandemia da Covid-19 se torna ainda mais importante. “A vacina reduz casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves e consequentemente a pressão assistencial nos serviços de saúde, podendo auxiliar ainda no diagnóstico precoce da Covid-19”.

Dados Influenza

Até esta terça-feira (24), a cobertura vacinal dos públicos-prioritários é de 74,5% para crianças; 71,1% para gestantes; 72,7% para puérperas; 62,4% trabalhadores da saúde; 104,4% indígenas; 65% idosos; e 49,6% para professores.

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