Assédio moral foi tema do 7º Encontro do Ciclo Formativo da Sedh
A Secretaria de Estado de Direitos Humanos (Sedh) promoveu, na tarde desta quarta-feira (31), o 7º Encontro do Ciclo Formativo em Direitos Humanos, que teve como tema “Assédio moral no serviço público: desrespeito à saúde psíquica do trabalhador e responsabilidade da Administração Pública”. O evento aconteceu no auditório do Palácio da Fonte Grande, no Centro de Vitória.
As palestras informativas e educativas promovidas pela Sedh são voltadas para servidores e servidoras e abertas ao público em geral, sem a necessidade de inscrição.
A palestrante convidada desta edição foi advogada Jeane Martins, doutoranda em Direitos e Garantias Constitucionais Fundamentais e professora de Direito Individual e Coletivo do Trabalho da Graduação e da Pós-Graduação da FDV. Ela abriu o seu discurso já desmistificando a ideia de assédio moral ser inerente apenas aos espaços de trabalho.
“O assédio moral é um mal que não acontece somente no trabalho, mas está presente também em outras esferas de convívio, como nos ambientes familiar ou social. O assédio pode ser percebido por comportamentos repetitivos e prolongados, sempre com uma mesma pessoa”, explicou.
Jeane Martins comentou também sobre os tipos de assédio em ambientes públicos: do chefe para o subordinado, do subordinado para com o chefe e entre colegas de trabalho. “As ‘brincadeirinhas’ não são tão inocentes e tão bem-intencionadas e, por vezes, é impossível dimensionar o impacto que isso tem no emocional e psicológico da pessoa assediada”, destacou.
A palestrante ressaltou ainda sobre como o ambiente de trabalho pode implicar em bom rendimento e deve ser saudável em todos os sentidos “A instituição deve oferecer ao funcionário um ambiente de trabalho saudável, e isso não se dá apenas com equipamentos instalados e limpeza constante, mas também um ambiente que não prejudique psicologicamente o seu funcionário. Tudo isso implica em qualidade de trabalho, e se não for atentamente tratado, pode gerar outras questões, como afastamento, troca de setor, etc.”, pontuou.
A palestrante ainda tornou a palestra participativa ao abrir oportunidade para que o público presente também identificasse e trouxesse para o debate outras condutas observadas no seu dia a dia.
Texto: Ana Carolina Costa
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