Balanço da DHPM: 50 suspeitos de homicídios contra mulheres detidos em 2019
O ano de 2019 representou um desafio a mais para a equipe da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM): efetuar prisões mais rápidas e qualificadas, para que tivessem caráter educativo e preventivo, e não somente punitivo.
O desafio foi aceito e a equipe da delegada Raffaella Aguiar encerrou o ano com 50 suspeitos detidos em 22 operações realizadas, sendo três delas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Todas as operações interestaduais foram exitosas e contaram com apoio das polícias civis de cada Estado.
Dentre os suspeitos, 43 são adultos e sete adolescentes. A equipe também apreendeu seis armas de fogo. Dos 10 homens mais procurados pela DHPM, cinco foram presos em 2019. A equipe da DHPM trabalhou no sentido de dar cumprimento aos mandados de prisão de autores de crimes que estavam na lista dos mais procurados, ao mesmo tempo em que conduziu as novas investigações. O objetivo foi demonstrar para a população que não haverá impunidade no que diz respeito aos homicídios praticados contra mulher na Região Metropolitana. Nenhum caso cairá no esquecimento.
“É necessário que as leis tratem com rigidez os crimes em desfavor da mulher. O nosso desejo é de que não mais ocorram, porém vivemos em uma cultura patriarcal que estimula a ocorrência desses homicídios. Com isso, nosso papel é mostrar que não haverá impunidade no que diz respeito aos homicídios praticados contra a mulher”, assegurou a delegada.
Feminicídio x homicídio contra mulher
A DHPM, que investiga todas as mortes violentas de mulheres registradas na Grande Vitória, instaurou, no ano passado, 40 Inquéritos Policiais para investigar homicídios consumados e concluiu 26, sendo todos com autoria identificada, alcançando 65% de produtividade neste tipo de investigação.
Dentro deste universo, 17 foram casos de feminicídio, que é o homicídio praticado contra a mulher, em razão de sua condição de mulher, por menosprezo ou discriminação, ou ainda por violência doméstica e familiar.
“Esta forma de homicídio contra mulher é ocasionada pela cultura patriarcal de nosso país, que não podemos mais aceitar. A equipe da DHPM trabalhou com afinco para realizar prisões rápidas e qualificadas nestes casos, para que tivessem caráter educativo e preventivo. Assim, dos 17 feminicídios registrados em 2019, 13 autores estão presos, e isso significa um percentual de mais de 76%. Dos 17 inquéritos, 16 estão concluídos”, informou a delegada Raffaella Aguiar.
O delegado-geral da PCES, José Darcy Arruda, enfatiza que o sucesso de todas as ações de enfrentamento à violência contra mulher contribuem para a diminuição dos crimes de feminicídio no Estado: “A excelente produtividade da DHPM representa uma poderosa ferramenta policial no trato da violência contra a mulher no Espírito Santo, juntamente com outros esforços, como dos trabalhos da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher (DIV-Deam) e a Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar (PMES)”, acrescentou.
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