06/09/2017 14h43

Campanha Nacional de Multivacinação começa na segunda (11)

Foto: Assessoria de Comunicação/Sesa

Começa na segunda-feira (11) e vai até o dia 22 de setembro a Campanha Nacional de Multivacinação. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) destaca que o objetivo da campanha é colocar em dia a carteira de vacinação de crianças e adolescentes de 0 a menores de 15 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) que estiverem com o esquema vacinal incompleto ou desatualizado. Para facilitar o acesso das crianças e dos adolescentes cujos pais não conseguem levá-los à unidade de saúde durante a semana, os municípios vão montar um esquema especial de funcionamento desses serviços no dia 16 de setembro, um sábado.

 

A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, orienta que pais e responsáveis levem as crianças e os adolescentes da faixa etária estabelecida a uma unidade de saúde municipal, neste período, para que a carteira de vacinação seja avaliada. Segundo ela, a campanha ofertará todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação da Criança e do Adolescente, entre elas a vacina HPV para meninos e a dose de reforço da vacina meningocócica C, que entraram no Calendário este ano. “É importante que a carteira de vacinação seja avaliada pelo profissional de saúde para que a criança e o adolescente não corram o risco de ficar sem a proteção que precisam”, ressaltou.

 

Conforme esclarece Danielle Grillo, vacinas administradas fora do tempo recomendado ou com número de doses insuficientes podem prejudicar o objetivo do programa de vacinação. Isso porque a proteção individual e coletiva deixa de ser alcançada, abrindo espaço para que doenças eliminadas retornem ou que haja mudanças em seu comportamento epidemiológico, passando a atingir, por exemplo, outras faixas etárias, como é o caso da caxumba, uma doença infecciosa mais incidente em crianças, mas que tem afetado adolescentes e adultos jovens em várias localidades do país.

 

“A Campanha de Multivacinação é uma estratégia que tem como objetivo resgatar essa população não vacinada ou com esquemas de vacinação incompletos, tanto na infância como na adolescência, para melhorar as coberturas vacinais e, dessa forma, manter controladas, eliminadas ou erradicadas as doenças imunopreveníveis”, detalhou Danielle Grillo.

 

 

Meningocócica C

 

A vacina meningocócica C protege contra a bactéria meningococo C, que causa meningite. Neste ano, ela passou a ser ofertada para meninos e meninas de 12 e 13 anos. A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações explica que além de oferecer proteção direta ao vacinado, a vacinação dos adolescentes protege indiretamente quem não foi imunizado.

 

“Até o ano passado, a vacina contra meningite meningocócica C era administrada somente aos 3 meses, aos 5 meses e com 1 ano de idade. Isso porque as crianças estão mais suscetíveis a desenvolverem as formas mais graves da doença. O ser humano pode portar a bactéria que causa a doença meningocócica sem desenvolver os sintomas, mas ainda assim transmiti-la. O reforço na adolescência veio com o objetivo de manter a proteção desse grupo por mais tempo, reduzindo também o número de portadores assintomáticos da bactéria”, explicou Danielle Grillo.

 

As crianças que não receberam nenhuma das três doses preconizadas até 1 ano de idade podem receber uma dose única enquanto tiver menos de 5 anos de idade.

 

A meningite C continua sendo o tipo de meningite que mais afeta a população (cerca de 60% a 70% dos casos). A doença apresenta rápida evolução, gravidade e letalidade e tem caráter epidêmico.

 

HPV

 

A vacinação contra HPV para meninos entrou no calendário nacional no início deste ano, com a vacinação de garotos com 12 e 13 anos de idade. Em junho, o Ministério da Saúde ampliou a faixa etária para 11 a 14 anos. O esquema vacinal para os meninos é de duas doses, com seis meses de intervalo entre elas. Além de oferecer proteção direta para os meninos, a vacinação contra o HPV representa aumento de proteção para as meninas não vacinadas. Isso porque o HPV é transmitido às mulheres pelos homens. Assim, se os meninos também tomam a vacina, a possibilidade de transmissão do vírus diminui.

 

“A vacina protege os meninos contra câncer de pênis e de ânus, evita que as meninas desenvolvam câncer de colo de útero, câncer de vagina e de vulva, além de prevenir em ambos os sexos câncer de boca e de garganta e verrugas genitais”, detalhou Danielle Grillo, enfatizando que a vacina apresenta 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal.

 

A coordenadora ressaltou que reduzir a cadeia de transmissão do HPV por meio da vacinação de meninos e meninas é uma medida que favorece a coletividade e que é muito importante para o futuro, pois quanto maior o número de pessoas de ambos os sexos imunizadas, menores são as chances de homens e mulheres contraírem HPV e adoecerem.

 

 

Vacinas que serão ofertadas na campanha

 

BCG: protege contra formas graves de tuberculose;

 

Hepatite B: protege contra a hepatite B;

 

Pentavalente: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilus influenzae tipo B (bactéria que causa meningite);

 

Pneumocócica 10-valente: protege contra o pneumococo, bactéria que causa pneumonia e meningite;

 

Meningocócica C: protege contra o meningococo C, bactéria que causa meningite;

 

Varicela: previne a catapora;

 

Rotavírus: protege contra diarreia e desidratação;

 

VIP e VOP: protegem contra os sorotipos 1, 2 e 3 da poliomielite.

 

Tríplice Bacteriana Acelular (dTpa): protege contra difteria, tétano e coqueluche

 

Dupla Adulto (dT): protege contra difteria e tétano

 

Tríplice Viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola;

 

Tríplice Bacteriana (DTP): protege contra difteria, tétano e coqueluche;

 

Tetraviral: imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora;

 

Hepatite A: protege contra a hepatite A.

 

HPV: protege contra quatro tipos de papilomavírus humano, dois deles responsáveis por 90% das verrugas genitais e os outros dois pelo aparecimento de cerca de 70% dos casos de câncer de colo do útero.

 

Febre amarela: protege contra a febre amarela e é recomendada para crianças e adolescentes que residem ou vão viajar para o estado do Espírito Santo.

 

 

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

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