CAP comemora 18 anos de atendimento a pessoas com deficiência visual
Há 18 anos oferecendo serviços de apoio pedagógico para pessoas com deficiência visual, o Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) comemora, nesta sexta-feira (15), mais um aniversário.
Um exemplo de superação é o Carlos Alexandre Nunes dos Santos que tem 31 anos, é formado em Psicologia, e foi aluno da rede pública estadual. Para ele, que ficou cego aos 18 anos, força de vontade não falta. Com muita garra e determinação, ele entendeu que os dedos podem iluminar as trajetórias.
Carlos Alexandre contou que frequentou o CAP por dois anos e isso o ajudou muito na questão emocional. “Eu não nasci cego, fiquei cego na adolescência e, a partir daí, tudo se tornou diferente em minha vida. Foi uma fase bem difícil, pois tive que reprender a viver. Ao ingressar no CAP, tive acesso a materiais para pessoas cegas, além de participar de reforços de Matemática, História e Informática. Os professores eram sempre atenciosos e me tratavam com muito carinho”, explicou.
Atualmente, 69 pessoas são atendidas pelo CAP, sendo 54 com baixa visão e 15 cegos. Dentre as atividades ofertadas, 24 estudantes participam da iniciação musical acessível, 21 da informática acessível, 18 da orientação e mobilidade e 18 da estimulação precoce. Vale destacar, que o mesmo estudante pode frequentar diferentes atendimentos.
O serviço é gratuito e destinado às pessoas com deficiência visual, sendo estas cegas ou com baixa visão, de natureza congênita ou adquirida.
“Os serviços e apoio pedagógico que o CAP oferece contribui significativamente com a política da educação da educação especial na perspectiva inclusiva. O CAP é um importante centro de referência para as pessoas com deficiência visual, sobretudo, para o alcance do direito subjetivo constitucional que é o acesso pleno à educação. Dessa forma, o CAP busca condições de igualdade para que todos deficientes visuais possam ter além do acesso, a sua participação e o direito de aprendizagem garantidos. Nossa missão é colaborar com a participação plena e efetiva do deficiente visual na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas”, destaca o coordenador do CAP, Gildásio Macedo.
O atendimento é proposto, prioritariamente, aos estudantes matriculados nas redes públicas e privadas de ensino. Todavia, os serviços estendem-se a demais pessoas que necessitam e que sejam encaminhadas ou não por oftalmologistas, independente da faixa etária e nível de instrução.
O CAP
O Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP) foi instituído pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo (Sedu). Para sua implementação contou com apoio operacional da Associação Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais (ABEDEV).
O CAP foi inaugurado em 15 de setembro de 1999, na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Des. Carlos Xavier Paes Barreto, na Av. Leitão da Silva, s/n, Praia do Suá, Vitória, onde funciona atualmente, de segunda a sexta-feira, de 8h às 17 horas.
Telefone: (27) 3137-3589.
Serviços oferecidos:
Formação de professores
O CAP, tomando como foco a educação especial em uma perspectiva inclusiva, promove formação continuada para aos professores no sentido de mediar situações de aprendizado com qualidade social e a potencialização do Atendimento Educacional Especializado (AEE).
Atendimento Educacional Especializado Individual
Leitura e escrita em Braille – utilização do sistema Braille como instrumento fundamental na educação, reabilitação e profissionalização das pessoas cegas. Uso do Soroban, escrita cursiva e assinatura.
Iniciação musical acessível - processo de musicalização das pessoas com deficiência visual, com utilização dos recursos da Musicografia Braille.
Informática acessível - desenvolvimento de habilidades para operar o computador e seus periféricos e a aquisição de noções básicas necessárias para utilizar os recursos do sistema operacional do Windows, da ferramenta de processamento de textos, Internet, e-mail, celulares, lupas eletrônicas, DOSVOX, NVDA entre outros.
Estimulação Precoce - aprimora a eficiência visual através de estímulos adequados, norteia a família/responsáveis, orienta sobre o uso correto de auxílios ópticos. Busca aperfeiçoar o potencial do aluno, favorecendo o desenvolvimento e aprendizagem.
Orientação e Mobilidade - proporciona ao deficiente visual uma locomoção segura e eficiente. Através de técnicas especificas que vão desde autoproteção a utilização adequada da bengala longa. A fim de garantir o direito de ir e vir, bem como a conquistar sua independência e autonomia.
Produção de material didático e paradidático
- Formato digital acessível Daisy e Braille
Daisy - propicia o acesso a leitura sob a forma de áudio e texto digital. O livro é gravado em DVD e permite a navegação pelo texto, possibilitando a reprodução sincronizada de trechos selecionados, o recuo e o avanço de parágrafos, bem como a busca de seções ou capítulos.
Braille – transcrição do material em tinta para o sistema Braille. Visa garantir ao deficiente visual às mesmas informações e experiências que os textos em tinta transmitem às demais pessoas.
Respeitando a ordem de solicitação, o CAP atende, prioritariamente, os alunos da rede estadual de ensino do Espírito Santo e subsidiariamente as redes municipais e privada.
Para que as escolas recebam o material acessível é necessário que seja encaminhado um e-mail para endereço - solicitelivroscap@sedu.es.gov.br, para o recebimento do formulário a ser preenchido. Assim, após o envio das informações a solicitação entra na fila de produção.
Informações à Imprensa:
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