Caxumba passa a ter notificação obrigatória
Uma atualização no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) vai permitir maior controle da caxumba no Espírito Santo. É que desde o início de dezembro, a doença passou a ser de notificação obrigatória em todo País e, com isso, será possível conhecer melhor como está a distribuição dos casos pelo Estado, alertando para que não se torne um surto.
O objetivo da mudança é melhorar a qualidade das informações relacionadas às doenças de notificação compulsória, habilitando a caxumba como de interesse nacional. A implantação está sendo realizada gradativamente nos 78 municípios do Espírito Santo.
A gerente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Gilsa Rodrigues, explicou que quando uma doença torna-se de notificação compulsória é possível rastrear os casos e, dessa forma, criar meios para realizar um bloqueio nas regiões onde ocorreram os primeiros casos alertando os serviços de saúde locais sobre o registro da doença no sentido de que ela não se espalhe, ou seja, não se transforme em surto.
A notificação acontece da seguinte forma: o Estado recebe as informações dos municípios, consolida os dados e os envia ao Ministério da Saúde. A partir desses números enviados pelos municípios é que são feitas as estatísticas para as ações epidemiológicas de prevenção.
“Dessa forma vamos conseguindo fazer uma análise por faixa etária, por local de residência, por ocupação, entre outros aspectos. Conseguimos de fato identificar o que está acontecendo, onde está acontecendo e quem está sendo acometido. Dessa forma é possível pensar em intervenção. A boa utilização da informação é que vai dar o norte para a questão da prevenção. Precisamos conhecer para intervir”, destacou.
Vacina
Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, para se proteger contra a caxumba é preciso ser imunizado com a vacina tríplice viral, que protege ainda contra sarampo e rubéola. Ela explicou que pessoas de 12 meses a menores de 30 anos devem ter duas doses da vacina na rotina, e pessoas de 30 a 49 anos, devem ter uma dose de tríplice viral.
“O calendário de vacinação contra a caxumba pega as crianças, adolescentes e adultos. Todos esses precisam estar com as doses em dia de acordo com a idade. A primeira dose deve ser dada aos 12 meses. Aos 15 meses é dada a dose única de tetra viral (tríplice viral mais a varicela)”, explicou Danielle.
A vacina está disponível nas unidades de saúde do Estado.
Saiba mais
- A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas parótidas – um dos três pares de glândulas que produzes saliva. As parótidas estão situadas entre suas orelhas e à frente delas. A caxumba é muito mais comum em crianças, e pode afetar uma das glândulas ou as duas.
- É causada por um vírus, que se espalha de pessoa para pessoa por meio de saliva infectada.
- Para proteger contra a caxumba é preciso tomar a vacina Tríplice Viral. Além da caxumba ela protege também contra sarampo e rubéola.
- É possível contrair caxumba ao conversar muito próximo da pessoa infectada, beijá-la ou então compartilhar utensílios como talheres, copos e pratos.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
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