Comitiva dos governos federal e estadual visita Cariacica no Dia de Mobilização contra o Aedes aegypti
Nesta sexta-feira (08), Dia Nacional de Mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, o município de Cariacica foi visitado por uma comitiva do governo federal e do governo estadual. O coronel Amilton Coutinho Ramos, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), veio ao estado representando o ministro-chefe do GSI, general Sérgio Etchegoyen. Acompanhado do subsecretário de Estado da Saúde Fabiano Marily e da gerente de Vigilância em Saúde Gilsa Rodrigues, o coronel assistiu a uma apresentação de teatro na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Zaíra Manhães de Andrade, em Nova Rosa da Penha I.
A peça, interpretada por profissionais do Programa de Educação em Saúde e Mobilização Social (PESMS) de Cariacica, foi muito bem produzida, com personagens bem caracterizados, e prendeu a atenção não só das crianças e dos adolescentes, mas também das autoridades que participaram da solenidade. “Ao longo dos mais de 11 anos trabalhando na área da saúde, nunca vi uma peça que tivesse uma aderência tão grande. A prevenção começa com cada um de vocês. Não podemos pensar que vamos tomar uma atitude hoje e isso será suficiente. Hoje estamos falando do dia D, mas o dia D tem que ser todo dia”, disse aos estudantes o subsecretário de Estado da Saúde, Fabiano Marily.
O coronel Amilton lembrou que há 30 anos ele trabalhava com militares fazendo ações de visita casa a casa para combater o mosquito Aedes aegypti. Ele disse que existe uma parceria do governo federal com os estados e municípios para repasse de recursos para capacitação de agentes de endemias, mas que o mais importante na luta contra o mosquito é o combate no dia a dia. “Que vocês, alunos, coloquem em prática tudo aquilo que foi ensinado pelos seus professores para que a gente acabe com esse mal que assola nosso país”, ressaltou.
Também participaram da solenidade o vice-prefeito de Cariacica, Nilton Basilio Teixeira; a secretária de saúde do município, Stéfane Legran; a coordenadora de Vigilância Ambiental e Proteção Animal de Cariacica, Maria Julieta Motta Rios; Bartolomeu Martins, representante do Ministério da Saúde no Espírito Santo; o vereador Itamar Freire, da Câmara de Vereadores de Cariacica.
Após a apresentação na escola, a comitiva desceu a rua e visitou algumas residências. Na casa da dona Estanizia Maria Alvez, de 67 anos, foi encontrado debaixo de um vaso de planta um prato com água onde havia larvas do mosquito. Ela, que tem várias plantas na varanda de casa, não estava atenta à orientação que é sempre passada pelos agentes de endemias de não usar pratinhos ou, se usar, lavar e esfregar bem toda semana no mesmo dia.
A agente de endemias que identificou as larvas no pratinho informou à dona da casa que os ovos do mosquito Aedes aegypti sobrevivem até um ano grudados no recipiente, mesmo que sem água. E quando voltam a ter contato com a água os ovos eclodem, viram larvas e se transformam em mosquitos.
Infestação
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) considera que o índice de infestação do Aedes aegypti está sob controle no estado, mas alerta que, com a presença da chuva e o progressivo aumento das temperaturas, é preciso intensificar o cuidado nas casas, nos locais de trabalho, enfim, em todos os lugares, para que esses ambientes não se transformem em criadouros do Aedes aegypti. Para isso, os governos federal, estadual e municipal precisam da ajuda da população.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) considera que o índice de infestação do Aedes aegypti está sob controle no estado, mas alerta que, com a presença da chuva e o progressivo aumento das temperaturas, é preciso intensificar o cuidado nas casas, nos locais de trabalho, enfim, em todos os lugares, para que esses ambientes não se transformem em criadouros do Aedes aegypti. Para isso, os governos federal, estadual e municipal precisam da ajuda da população.
O Governo do Espírito Santo saiu na frente e tornou-se o primeiro estado do país a implantar em todos os municípios um sistema que acompanha em tempo real a infestação do Aedes aegypti. O monitoramento, implantado este ano, é feito por meio de armadilhas para mosquitos fêmeas adultos e um sistema de gestão inteligente via web. Ao todo, foram instaladas até o momento 6.016 armadilhas em locais de fácil acesso e maior concentração de pessoas, como igrejas, unidades de saúde, hospitais, rodoviárias, centros comunitários, escolas e imóveis de pessoas com histórico de bom acesso às vistorias dos agentes comunitários de endemias.
Com as informações, as cidades geram mapas e identificam em menos tempo a quantidade de Aedes aegypti presente no ambiente, bem como o vírus circulante no local. Isso possibilita que os municípios direcionem as ações de combate ao mosquito de acordo com a necessidade apontada pelo monitoramento. Por exemplo, eliminar depósitos que possam acumular água e aplicar inseticida com equipamentos portáteis para bloqueio de casos, inclusive, com auxílio de UBV Pesado, quando necessário.
O investimento para manter o sistema de monitoramento inteligente é de R$ 3,2 milhões por ano. O recurso é estadual, mas tem contrapartidas das administrações municipais. Os municípios devem realizar monitoramento das armadilhas semanalmente, analisar as informações fornecidas pelo sistema e tomar as ações necessárias para eliminar os focos.
Outra ferramenta utilizada na vigilância do mosquito é o Levantamento Rápido por Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). O LIRAa revela o índice de larvas e quais são os depósitos predominantes da larva do mosquito, já o monitoramento inteligente indica a presença de mosquitos adultos no local analisado. E onde tem muito mosquito adulto significa que tem muita larva. Dessa forma, quando o monitoramento aponta um alto índice de mosquitos adultos e são realizadas ações de combate no local, o LIRAa realizado na sequência deve, logicamente, apontar redução do índice larvário.
Para a Secretaria de Estado da Saúde, o LIRAa e o sistema de monitoramento inteligente são metodologias que se complementam, por isso, recomenda que todos os municípios utilizem as duas. A Sesa considera que esses instrumentos de monitoramento são extremamente importantes no combate ao mosquito, mas que eles só poderão de fato ajudar o estado a reduzir os casos de infecção por dengue, zika e chikungunya se cada cidadão fizer a sua parte para eliminar os criadouros do Aedes aegypti em suas casas.
A Sesa orienta que o cidadão escolha um dia na semana e, toda semana, sempre no mesmo dia, faça uma varredura em sua casa com o objetivo de eliminar os focos de água parada. Afinal, o ambiente doméstico ainda representa o principal espaço de proliferação do mosquito. Para ter ideia do que significa isso, basta olhar para os números: garrafas vazias, vasos e pratos de planta correspondem a 27,8% dos depósitos de água parada, seguidos por calhas e ralos, 23,2%; tonéis, tambores e barris, 21,96%; e caixas d’água, 6,66%.
Dados
Em 2016 foram registrados 53.414 casos de dengue no Espírito Santo. Já neste ano, entre 1º de janeiro e o último sábado (02), foram notificados 11.111 casos de dengue no estado. Deste total, nove são óbitos confirmados. No mesmo período, a taxa de incidência da doença no estado ficou em 279,61.
De Chikungunya, em 2016, foram 492 casos. Neste ano, entre 1º de janeiro e o último sábado (02), foram 1.447. Dentro desse total há um óbito confirmado. Há registro de circulação do vírus em 22 municípios: Afonso Cláudio, Alfredo Chaves, Aracruz, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Colatina, Conceição da Barra, Guaçuí, Guarapari, Jerônimo Monteiro, Linhares, Marechal Floriano, Montanha, Nova Venécia, São Mateus, Serra, Vargem Alta, Viana, Vila Velha e Vitória.
Com relação à zika, em 2016 foram 2.942 casos e, entre 1º de janeiro e o último sábado (02), foram notificados 509 casos de infecção pelo vírus. Os municípios que apresentam casos de zika confirmados são: Afonso Cláudio, Alto Rio Novo, Aracruz, Baixo Guandu, Barra de São Francisco, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Castelo, Colatina, Domingos Martins, Fundão, Guarapari, Iconha, Irupi, Itaguaçu, Itarana, Iúna, Linhares, Mantenópolis, Marataízes, Marechal Floriano, Mucurici, Muniz Freire, Nova Venécia, Pinheiros, Presidente Kennedy, Santa Teresa, São Roque do Canaã, Serra, Sooretama, Venda Nova do Imigrante, Viana, Vila Velha e Vitória.
Informações à Imprensa
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde
E-mail: asscom@saude.es.gov.br
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