19/03/2020 17h12

Confira cinco dicas do Bandes para investir com a queda da Selic

Por muito tempo no Brasil uma conjunção de fatores, como leis trabalhistas severas, altas taxas de juros e carga tributária e ambiente de negócios conturbado, travou o investimento produtivo. Paulatinamente, entretanto, a realidade vem se transformando. A Selic, por exemplo, que já estava em seu patamar histórico mais baixo, caiu novamente, agora para 3,75%. Isso impulsiona os investidores e faz com que as empresas invistam recursos para aumentar a produtividade e, logo, não ficarem para trás. Nesse cenário, o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes) preparou cinco dicas para você aproveitar a queda na taxa de juros e investir no seu negócio. Veja:

1. Transforme sonho em realidade: momento ideal para tirar projetos da gaveta e investir;

As aplicações financeiras, como por exemplo, a renda fixa escolha comum para quem busca multiplicar o dinheiro sem perder a segurança, deixam de ser atrativas. Com isso, as constantes quedas na taxa Selic indicam um cenário extremamente positivo para quem quer empreender ou tirar os projetos da gaveta e, assim, não correr o risco de ver o dinheiro parado desvalorizar.

2. Renegocie: para a empresa que tem dívidas na praça, é um bom momento, com condições mais favoráveis;

Outra vantagem para quem quer voltar a investir no negócio são as condições favoráveis de renegociação de contratos. Créditos concedidos antes da queda da Selic costumam ser mais caros que os créditos atuais. Então a concorrência permite a portabilidade de dívidas e pode ser uma alternativa para que empresas ganhem um fôlego ou até mesmo quitem suas dívidas mediante a negociação mais rigorosa junto às instituições financeiras.

3. Flexibilize o modo de comprar: as empresas podem facilitar o acesso dos consumidores aos seus produtos e serviços oferecendo financiamento em condições mais favoráveis;

A queda nas taxas de juros também permite que sejam oferecidos créditos mais baratos no mercado, incrementando a atividade econômica. Isso é ótimo para investimentos em tecnologia e inovações que aumentam a produtividade e, por conseguinte, a competitividade das empresas. Além disso, a taxa cobrada pelas operadoras de cartão de crédito para compras parceladas tende a diminuir gradativamente, o que permite aos empresários facilitar o financiamento de seus produtos e serviços diretamente para o consumidor final.

4. Fique atento ao mercado externo: juros menores tendem a desvalorizar a taxa de câmbio, o que torna as exportações mais competitivas, ampliando a participação no mercado externo por parte das empresas;

Quando estamos diante de um quadro de desvalorização cambial, o principal efeito sentido pelo mercado é a queda das importações e a elevação das exportações. Isso ocorre devido à queda da moeda nacional, em comparação com a moeda dos demais países.

Do ponto de vista do mercado interno, a desvalorização apresenta efeitos positivos, pelo fato de elevar a economia nacional e acarretar numa maior competição em relação aos produtos internos no mercado estrangeiro.

5. Faça parte do círculo virtuoso: Com as empresas investindo e as famílias consumindo, a sociedade como um todo ganha porque a economia volta a crescer!

Ciclo virtuoso. Quando as empresas investem, elas contratam mais, o que permite às famílias quitar suas dívidas e aumentar seu poder de consumo. Com isso, aumenta-se a demanda, novas empresas e vagas são criadas e a economia volta a crescer num ciclo virtuoso de prosperidade que precisam ser acompanhadas da distribuição de renda e investimentos em infraestrutura para comportar o incremento.

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