Autônomos e microempreendedores estabelecidos em áreas onde ocorre o Programa Ocupação Social vão conseguir crédito mais barato para fazerem crescer suas atividades profissionais e ajudarem também a desenvolver seus bairros. Isso graças a uma parceria entre o Banestes e a Secretaria de Estado dos Direitos Humanos (SEDH) lançada nesta terça-feira (20). Central Carapina, na Serra, é o primeiro bairro a receber essa novidade.

Chamada de CredComunidade Banestes, a nova opção de crédito foi apresentada na sede do Banco Comunitário Passarela, instalado no próprio bairro. A linha de financiamento oferece aos interessados um limite de crédito de até R$ 3 mil. A taxa de juros é de 1% ao mês, com prazo de pagamento de até 30 meses e carência de até seis meses. 

“Muitas vezes a comunidade tem oportunidades de qualificação, mas falta o crédito para concretizar aquele projeto. O CredComunidade veio justamente para fechar esse ciclo de oportunidade. Ele pode ser usado para comprar um secador de cabelo para o salão, uma máquina de costura para o atelier, por exemplo”, destacou a gerente-geral de Crédito para Investimento e Desenvolvimento do Banestes, Daniela Lana.

A subsecretária de Estado de Promoção dos Direitos Humanos, Lucia Dornellas, ressaltou a importância de a população aproveitar o crédito para se desenvolver e implementar negócios que gerem oportunidades para a comunidade.

"Essa parceria com o Banestes veio incrementar ainda mais as ações dentro dos bairros do Ocupação Social, oportunizando que o jovem empreendedor tenha condições de começar seu negócio, com um suporte necessário que é este microcrédito do Banestes, tendo mais segurança para investir no seu futuro”, destacou.

Não é preciso comprovar renda

O CredComunidade, um projeto piloto, é ofertado pelo Banco Passarela e contratado na agência do Banestes de Jardim Limoeiro. Para fazer o pedido, é necessário que o microempreendedor resida em Central Carapina há mais de dois anos e tenha participado de, pelo menos, duas ações locais do Programa Ocupação Social.

Não é preciso ter renda comprovada. A expectativa de capacidade de pagamento é apurada por meio de levantamento socioeconômico. Um ponto importante é que o interessado não pode ter restrições de crédito ativas.

Duas modalidades de crédito estarão disponíveis: capital de giro e investimento fixo. O primeiro serve para dar continuidade às operações do empreendimento, seja para aquisições para o estoque ou para despesas operacionais. Já o outro financia máquinas e equipamentos diversos, além da contratação de serviços específicos.

Como ter acesso

Ter acesso ao CredComunidade é bem simples: basta ir ao banco comunitário. O agente de crédito local faz o primeiro atendimento e visita o cliente, levantando dados do empreendimento. O próprio agente dá seu parecer e encaminha para análise do banco comunitário.

O processo é levado para apreciação do Comitê de Crédito Comunitário, com análise e parecer do gerente do Banestes de Jardim Limoeiro. Se aprovado, o Banestes entra em contato com o cliente para realizar os procedimentos de formalização de liberação do crédito.

O evento de lançamento do CredComunidade na manhã desta terça-feira reuniu dezenas de empreendedores do bairro interessados na linha de crédito, assim como representantes do banco comunitário, do Banestes, da SEDH e da Aderes.

Ocupação Social

O Programa Ocupação Social é uma política prioritária do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos (SEDH), que atua nas áreas de maior vulnerabilidade social e, consequentemente, que concentram o maior número de homicídios, em especial o de jovens de 15 a 24 anos.

O poder público, articulado com diferentes atores da sociedade civil, leva desde 2015 ações e atividades socioemocionais para 26 áreas de nove municípios, promovendo a inclusão e a prevenção, por meio da educação, da qualificação, da cultura, do esporte, do empreendedorismo, da geração de renda e do desenvolvimento econômico local.

Informações à Imprensa:

Assessoria de Comunicação do Banestes
Elisa Rangel
assessoriadecomunicacao@banestes.com.br

Texto: Jardel Torezani e Elisa Rangel

*Com informações da SEDH