16/08/2019 15h50

Crianças de 6 a 11 meses da Grande Vitória devem ser vacinadas contra o sarampo

Após a confirmação de um caso importado de sarampo em Cariacica, o Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), orienta que todas as crianças que vivem na Grande Vitória, ou aquelas que moram no interior mas irão se deslocar para a Região Metropolitana (Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória), devem ser vacinadas com uma dose da vacina tríplice viral. A vacina deve ser administrada no período mínimo de 15 dias antes da data prevista para o deslocamento.

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, Danielle Grillo, a medida foi adotada após a confirmação de um caso de sarampo em Cariacica, seguindo uma recomendação do Ministério da Saúde.

A coordenadora destacou que para interromper a cadeia de transmissão do vírus do sarampo, diversas ações estão sendo implementadas, tais como: bloqueio vacinal seletivo, intensificação da rotina de vacinação e campanhas de vacinação direcionadas à população de acordo com o cenário epidemiológico.

 

Vigilância procura passageiros de ônibus que tiveram contato com caso confirmado de Sarampo

A Sesa, juntamente com a Vigilância Epidemiológica de Cariacica, está em busca de passageiros que se deslocaram de São Paulo para Vitória em um ônibus da Viação Águia Branca, no dia 21 de julho. Isso porque, entre essas pessoas estava a jovem de 19 anos, moradora de Cariacica, que já estava infectada pelo vírus do sarampo na ocasião. O ônibus fazia a linha São Paulo –Vitória, e partiu às 16h10.

Esses passageiros devem fazer contato com a Vigilância Epidemiológica de Cariacica pelos telefones (27) 3354-5619 ou (27) 3354-5620, para receber as orientações, uma vez que muitas dessas pessoas não foram localizadas na ocasião do bloqueio vacinal seletivo realizado pelo município.

O período entre o contágio e o aparecimento das manchas avermelhadas na pele varia entre sete e 21 dias.

 

Situação no Espírito Santo

A Sesa registrou este ano, até essa quarta-feira (14), um total de 74 notificações de casos suspeitos de sarampo. Desses, 70 casos foram descartados, três estão em investigação e um caso foi confirmado. A única forma de bloquear qualquer possibilidade de expansão do sarampo é por meio da vacinação.

 

Histórico

No Espírito Santo não há casos confirmados com transmissão dentro do território desde o ano 2000. Em 2013, entretanto, houve um caso importado da doença que, devido às ações imediatas de vigilância, não desencadeou outros casos.

 

Sarampo

O sarampo é uma doença infecciosa, transmitida de pessoa para pessoa por tosse, espirros, fala ou respiração e que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade. As micropartículas virais ficam suspensas no ar, por isso o alto poder de contágio da doença. As complicações decorrentes do sarampo são mais graves em crianças menores de 1 ano de idade e desnutridas, podendo levar à óbito.

Os sinais e sintomas mais comuns são: febre alta, tosse, coriza, conjuntivite, exantema (manchas avermelhadas na pele que aparecem primeiro no rosto e atrás da orelha e depois se espalham pelo corpo), outros sintomas como cefaleia, indisposição e diarreia também podem ocorrer. Como não existe tratamento específico para o sarampo, é importante ficar atento.

Quem já teve a doença não corre o risco de ser contaminado pelo vírus novamente. As complicações da doença são: otites, infecções respiratórias e doenças neurológicas, e em casos mais graves podem provocar a redução da capacidade mental, surdez, cegueira e retardo do crescimento. O período entre o contágio e o aparecimento do exantema (as manchas avermelhadas na pele) é entre 7 e 21 dias. Porém, a transmissão inicia-se 6 dias antes do exantema e se estende até o quarto dia após.

 

Bloqueio

Quando ocorre suspeita de sarampo a pessoa fica em isolamento e é realizado o bloqueio seletivo com a aplicação da vacina tríplice viral em todos que tiveram algum contato com esta pessoa. A ação busca interromper a cadeia de transmissão viral com a vacinação seletiva de todos os contatos.

 

Vacinação

Para prevenir a transmissão da doença é preciso aumentar a cobertura vacinal, em especial das crianças com um ano de idade. A meta do Programa Nacional de Imunizações é que a cobertura vacinal chegue a 95%, porém dados registrados até maio no Espírito Santo indicam que 90,32% das crianças nessa faixa etária foram imunizadas.

A Secretaria de Estado da Saúde orienta para que a população fique atenta à sua situação vacinal. A única forma de evitar a doença é por meio da imunização, por isso deve ser feita a vacina tríplice viral (contra o sarampo, caxumba e rubéola) em crianças com 1 ano de idade e a vacina tetra viral (contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses de idade.

Conforme o Calendário Nacional de Vacinação, as pessoas de 1 ano a 49 anos devem se vacinar contra o sarampo, sendo que, de 1 a 29 anos é preciso ter duas doses da vacina tríplice viral e de 30 a 49 anos, uma dose da vacina tríplice viral é o suficiente.

Pessoas imunodeprimidas, mulheres grávidas e crianças menores de seis meses de idade não devem tomar a vacina.

“A pessoa que não é vacinada com a tríplice viral ou está com o esquema vacinal incompleto deve procurar um serviço de vacinação para completar a caderneta de vacinação e garantir a sua proteção e a dos seus familiares”, disse Danielle.

A vacina está disponível em todas as unidades de saúde dos municípios.

Caso não lembre se tomou a vacina e não tenha a carteira de vacinação a pessoa deve ir até a Unidade de Saúde para verificar se há registro e se não houver registro, a imunização deve ser realizada.

 

Confira Calendário Nacional de Vacinação:

http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao

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