Crônicas de Carmélia Maria de Souza são nova atração da Espírito Santo FM 89.1

A Fundação Carmélia Maria de Souza de Cultura e Comunicação Pública preparou uma homenagem à figura que lhe dá nome. Nesta quinta-feira (13), quando se completam 51 anos da morte da escritora e jornalista, a Espírito Santo FM 89.1 lança a atração “Crônicas de Carmélia”, colocando no ar textos da intelectual lidos por personalidades ligadas ao mundo da literatura e artes em geral.
O “Crônicas de Carmélia” terá formato de interprograma (atração curta intercalada na programação da rádio). Cada inserção, sem horário fixo, terá duração média de 5 minutos.
A primeira crônica, “Reflexões com alguma dor”, será lida pela escritora Bernadette Lyra. Também gravaram participação no interprograma Rubinho Gomes, Sandra Medeiros, Fernando Achiamé, Oswaldo Oleari, Rogério Coimbra e Afonso Abreu.
O gerente da Espírito Santo FM, Daniel Castanheira, conta que a ideia é oferecer ao ouvinte uma experiência que vai além do texto escrito e, agora, escutado.
“Mais do que ouvir as palavras que a escritora escolheu para sua obra, como num audiolivro, queremos propor um momento de escuta para os afetos que envolvem as suas escritas, no plural. Porque Carmélia escrevia com as mãos, mas também escrevia com o próprio corpo. É possível escutar esse corpo, no plural, pela voz daqueles que testemunharam as vozes de Carmélia. Para isso, cada episódio traz a participação especial de alguém lendo uma crônica selecionada. Essa leitura é atravessada por uma montagem de memórias e reflexões de todos os convidados ledores. Acreditamos que essa programação atualiza a presença de Carmélia Maria de Souza na medida em que age sobre corpos vivos e pulsantes agora: seus textos, suas memórias, esta ilha, seus amigos”, conta Castanheira.
O lançamento do interprograma é realizado graças a uma parceria entre a Espírito Santo FM e a Secretaria da Cultura (Secult), por meio da Biblioteca Pública do Espírito Santo (BPES), que, nesta-quinta feira (13), passa a disponibilizar arquivos digitalizados na Midiateca Capixaba, com documentos como manuscritos, cartas, crônicas datilografadas, bilhetes, comandas de bar e cartas de amor escritas pela “cronista do povo”, como a autora era muitas vezes chamada.
“A Midiateca é uma importante ferramenta de preservação e difusão do acervo cultural e artístico do nosso Estado. Ter um material raro e revelador de uma de nossas maiores cronistas como parte deste acervo é motivo de grande alegria. O resgate inédito promovido pela parceria com a Rádio ES completa a merecida homenagem”, avalia o secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha.
Além da leitura das crônicas, dividida em blocos, os convidados vão abordar a vida e a obra da autora. Até o final deste ano, cerca de 40 textos deverão ir ao ar, todos tirados do livro póstumo “Vento Sul”, publicado em 2002.
“Ver Carmélia Maria de Souza por meio da leitura sensível de amigos dela, de gente que vivenciou ou testemunhou a época e a cidade contadas em suas crônicas, nos permite aprofundar a compreensão sobre sua obra, uma produção bastante confessional e cheia de referências a histórias, sentimentos e afetos”, destaca a gerente de Formação, Livro e Leitura da Secretaria da Cultura, Ana Laura Nahas.
Carmélia Maria de Souza nasceu no município de Rio Novo do Sul em 1936 e morreu em 1974, aos 38 anos, vítima de uma embolia pulmonar. Entre os anos 50 e 60, escreveu nos jornais A Tribuna, A Gazeta, O Debate, Jornal da Cidade, Sete Dias, O Diário e Vida Capixaba, e ainda atuou no Museu Solar Monjardim e na biblioteca de uma faculdade. Negra e homossexual, permanece um ícone da contracultura no Estado.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação Fundação Carmélia Maria de Souza de Cultura e Comunicação Pública
Maíra Piccin
(27) 3636-6651
www.fundacaocarmelia.com.br
@fundacaocarmelia
@tveespiritosanto
@tveesportes
@radioes89.1