19/08/2010 22h00 - Atualizado em 22/01/2019 14h27

Cultura do Pinhão Manso para produção de biodiesel no Estado é tema de debate em Colatina

Fomentar o cultivo do pinhão manso para produção de biodiesel, como forma de diversificação agrícola e geração de renda. Esse foi o objetivo do II Circuito Nacional Dias de Campo Sobre a Cultura do Pinhão Manso, realizado nesta quinta-feira (19), no auditório do Colégio Marista, em Colatina. O encontro reuniu empresários do setor de biocombustíveis, estudantes, pesquisadores e produtores rurais das regiões Norte e Noroeste do Estado, que puderam entender um pouco mais sobre técnicas de cultivo e oportunidades de mercado no setor.

De acordo com o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, que esteve presente no evento, o cultivo pinhão manso é uma boa oportunidade econômica, social e ambiental, principalmente na Região Norte do Estado, onde há déficit hídrico, tendo em vista que o pinhão manso tolera bem períodos mais secos.

 


“A tendência mundial é buscar fontes de energias limpas e renováveis. Por isso, o pinhão manso, do qual é extraído o óleo para produção de biodiesel, é uma boa oportunidade econômica. Além disso, a atividade poderá gerar renda e emprego na região e ainda, por se tratar de uma espécie nativa, pode ser plantada em áreas degradadas e de preservação, não necessitando a competição com outras culturas”, afirma Enio.

O secretário ressaltou, ainda, a importância da diversificação agrícola. “Em Cachoeiro, por exemplo, aproximadamente 50% da renda rural é proveniente do café Conilon. O agricultor não pode ser dependente de apenas uma cultura, para não ficar vulnerável em tempos de crise. Portanto, o pinhão manso representa mais uma boa opção para os produtores”, afirma.

O evento foi uma realização da Associação Brasileira dos Produtores de Pinhão Manso (ABPPM) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), com patrocínio da Prefeitura de Colatina, da empresa Nòvabra Energia, e apoio do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag).

Enio Bergoli comentou ainda que o grande desafio do meio rural é alcançar uma agricultura contratada, ou seja, que tenha mercado certo, reduzindo riscos na atividade. “A cultura do pinhão manso ainda tem a vantagem de possuir uma empresa ‘âncora’, que garante mercado e preço mínimo para o produto. A Nòvabra Energia proporciona isso aos agricultores”, completa o secretário.

O produtor rural de Linhares, Pablo Baldi Bassani, possui 20 hectares de área plantada com o pinhão manso, e pretende colher o fruto em dezembro. O agricultor foi o primeiro do município a investir na atividade e a firmar parceria com a empresa Nòvabra, para onde irá 100% de sua produção. Pablo acredita em um bom retorno financeiro na atividade. “Escolhi o pinhão manso como uma nova fonte de renda e tenho boa expectativa de retorno. A renda é atrativa, quando comparado a outras atividades no meio rural”, afirma ele, que pretende estender ainda mais a área plantada com o pinhão.

Pinhão manso

O pinhão manso movimenta, cada vez mais, a área agrícola das regiões Noroeste e Norte capixabas. Ao todo, são mais de 450 produtores comprometidos com o plantio, o que representa uma área de 960 hectares.

Esses produtores estão nos municípios de Nova Venécia, Água Doce do Norte, Ecoporanga, Barra de São Francisco, Itarana, Laranja da Terra, Nova Venécia, São Gabriel da Palha, Santa Teresa, Vila Pavão, Águia Branca, Baixo Guandu, Governador Lindenberg, Itaguaçu, Mantenópolis, Marilândia, Pancas, São Domingos, São Roque, Linhares e mais nove em propriedades no leste de Minas Gerais.

O interesse no cultivo se deve à possibilidade de diversificação da produção agrícola, por conta do crescimento rápido, baixo custo e alta produtividade resistente à seca.

Pablo Baldi Bassani.




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