16/11/2010 14h00 - Atualizado em 18/01/2019 15h21

Delegacia de Pessoas Desaparecidas localiza mais de 85% das vítimas no mês de outubro

Famílias que procuram parentes desaparecidos utilizam de todos os meios para encontrar o mais rápido possível o seu ente querido. Um deles é registrar o boletim de ocorrência na Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DPD), que tem apresentado números positivos de vítimas encontradas. Somente no mês de outubro, das 90 pessoas desaparecidas, 78 foram localizadas, representando aproximadamente 85% dos casos solucionados.

Já entre os meses de janeiro e outubro deste ano, foram registrados 925 casos de desaparecimento de pessoas. Destes, 738 foram solucionados, o que representa um saldo positivo de quase 80% do total de registros em 2010. Em setembro, das 91 pessoas registradas como desaparecidas na unidade, 86 foram localizadas, ou seja, mais de 90% dos casos solucionados.

“Os números representam o comprometimento dos policiais que atuam na unidade em encontrar rapidamente as pessoas”, ressalta o titular da unidade, delegado Alexandre Passamani Galvão.

Investigação

Quando uma pessoa desaparece, as investigações começam a partir do registro formal da ocorrência. “Algum familiar deve comparecer à DPD e trazer todas as informações e características e, se possível, uma fotografia recente do desaparecido”, explica Galvão. Assim são coletadas, minuciosamente, todas as informações e em quais circunstâncias ocorreu o desaparecimento, explica ele.

Com estas informações, as investigações são iniciadas. São realizadas buscas em unidades policiais, hospitais públicos, casas de albergados, registros de abordagem ou serviços de rua e pesquisas em sites de relacionamento. O delegado enfatiza que as investigações só cessam quando a pessoa é encontrada.

Além de buscas nestes locais, há parcerias com instituições que contribuem para o esclarecimento dos casos. São elas: entidades de assistência social, organizações não governamentais (ONGs), conselhos tutelares, secretarias de Ação Social, serviços de abordagem de rua, casas de abrigo, conselhos tutelares, entre outros.

Histórico

Antes de ter uma Delegacia especializada, o Estado contava com o Núcleo de Pessoas Desaparecidas (Nupede), criado em 17 de maio de 1995, com o intuito de instaurar e elucidar investigações de desaparecidos, manter bancos de dados e promover articulações com órgãos oficiais e Organizações Não Governamentais (ONGs).

Em substituição ao Núcleo, foi criada no dia 02 de setembro deste ano a Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DPD), com o objetivo de manter as propostas iniciais do antigo setor. “Mas agora tendo como base uma estrutura mais complexa, com recursos administrativos e de pessoal com a finalidade de encontrar pessoas desaparecidas, proporcionando mais agilidade e eficácia às investigações”, explica o delegado Alexandre Passamani Galvão.

Ele ressalta que “a Delegacia possui atribuição legal no sentido de instaurar e investigar os casos de desaparecimentos, além de conferir maior autonomia e efetividade aos trabalhos envolvidos”.

Onde fazer o registro

Em casos de suspeitas de desaparecimentos, o delegado orienta que seja procurada a DPD. Já em períodos noturnos, finais de semana ou feriados os familiares do desaparecido podem procurar qualquer unidade policial que esteja de plantão 24 horas mais próxima à sua residência. Posteriormente, a ocorrência policial será imediatamente encaminhada à DPD.

A Delegacia de Pessoas Desaparecidas (DPD) fica no 2º andar da Chefatura da Polícia Civil, na Avenida Nossa Senhora da Penha, nº 2290, Santa Luiza, Vitória. O telefone para contato é o (27) 3137-9065 e o horário de funcionamento é das 8 às 18 horas, de segunda a sexta-feira. 



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Texto: Polânia Sôares
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