Dia Mundial da Prematuridade é lembrado no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves
“Um a cada 10 bebês nasce prematuro em todo o mundo”. O dado é da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o que equivale a 931 por dia. Os números chamam atenção para uma realidade vivida dentro do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. A unidade é referência em gestação de alto risco materno e fetal, contando com uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTIN) por onde, nesses sete anos de funcionamento, já nasceram cerca de 3 mil bebês prematuros.
“O perfil de admissão da UTIN do Hospital Dr. Jayme é de prematuros extremos. O dia a dia das famílias é cansativo e marcado por um misto de sentimentos. Medo e esperança convivem lado a lado. Esse dia, em especial, não poderia passar em branco, marcar a data é importante para reconhecermos as dificuldades e as muitas vitórias alcançadas”, afirmou Ericka Chiste, gestora da Unidade Materno Infantil do Hospital Dr. Jayme.
O Dia Mundial da Prematuridade, lembrado em 17 de novembro, é o dia em que o mundo se une para abordar o parto prematuro e discutir ações que melhorem a vida dos bebês e suas famílias. No Hospital Dr. Jayme, todos os anos, as equipes se juntam para proporcionar às famílias dos bebês internados uma roda de conversa e troca de experiências, além de receberem antigos pacientes.
“Esse ano foi um pouco diferente, por causa da pandemia, não recebemos as mãezinhas que já tiveram seus bebês internados aqui na unidade. De qualquer forma, tivemos um momento especial, em que essas mulheres puderam contar um pouco de suas experiências e dos muitos medos que cercam a prematuridade. Uma ajudando a outra, tudo fica mais fácil”, ressaltou a psicóloga da Equipe Multidisciplinar, Geiziane Oliveira.
O encontro, organizado pela Equipe Multidisciplinar em conjunto com a gerência da Unidade Materno Infantil, reuniu cerca de 20 mulheres que puderam conversar, interagir e contar sobre suas vivências. Mãe aos 44 anos, Elizete de Oliveira contou que nunca se imaginou passar por esta situação. “Eu nasci prematura. Minha mãe conta que eu cabia dentro de uma caixa de sapato. Tive três filhos e, nessa quarta gestação, minha filha nasceu prematura de 35 semanas. Estou há dez dias acompanhando-a na Utin”, afirmou a mãe.
Já a mais nova do grupo, com 17 anos, chorou ao lembrar que está há mais de cinco meses acompanhando seu filho na Utin. “Eu vou sair daqui com meu filho nos braços, mas o outro eu nunca mais verei. Pensei que minha gravidez fosse ser tranquila, até que um dia amanheci perdendo muito líquido e para salvar os meus filhos foi necessária uma cesárea de emergência. O Benício lutou durante seis dias bravamente, mas não resistiu. A luta aqui é diária”, disse Izabela de Sousa.
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