23/04/2019 16h47

Dia mundial de combate à meningite: Sesa alerta para a prevenção da doença

Nesta quarta-feira (24) é comemorado o Dia Mundial de Combate à Meningite, uma doença causada pela inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal e que pode ser causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus e fungos. 

“A meningite é uma doença grave. Uma síndrome que tem muitos agentes envolvidos. Entre os agentes infecciosos, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública e clínico”, disse a médica Silvana Guasti, referência técnica em Meningite do Programa de Imunizações e Imunopreveniveis, da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).

Silvana explica também que a meningite é uma doença que pode atingir a todas as idades, mas que os extremos precisam ter mais atenção. “Todas as faixas etárias devem estar atentas quanto à doença, em especial as crianças e os idosos”.

Números

No Espírito Santo, nos últimos dois anos, os números da doença caíram quase 51%. Em 2017 foram registrados 292 casos, com média de 24,3 casos por mês. Já em 2018, foram 148 casos, com média de 12,3 casos/mês. Em 2019, até o mês de março, já foram confirmados 19 casos.

Em relação aos óbitos, também houve queda nos números. Em 2017 foram confirmados 22 óbitos e no ano seguinte, em 2018, uma redução aproximada 27,3%, com 16 óbitos confirmados. Em 2019 há três óbitos já confirmados até março.

Sinais/Sintomas e Tratamentos

Em geral, a transmissão da doença é de pessoa para pessoa pelo contato direto com secreções da boca, nariz ou faringe, mais frequentemente por meio de espirro, tosse, fala e beijo. É preciso ter cuidado porque alguns indícios podem ser facilmente confundidos com os de outras doenças aparentemente inofensivas, como gripes, otites, bronquites e infecções de garganta.

Quanto aos sintomas, em crianças, os pais precisam ficar atentos ao choro intenso, irritabilidade, recusa alimentar, febre alta, vômitos e convulsões. Em adultos, os sintomas mais comuns são febre alta, dor de cabeça, rigidez de nuca, mal-estar, náuseas e vômitos, intolerância à luz, confusão mental e convulsões.

Aqueles que apresentarem os sintomas relativos à doença devem procurar atendimento na unidade de saúde mais próxima de sua casa. Após a avaliação médica, se houver suspeita, será feito exame para confirmar a doença e o tratamento.

Vacinas

Crianças menores de cinco anos são mais vulneráveis às meningites bacterianas, principalmente menores de um ano, já que o desenvolvimento imunológico ainda não está completo e os anticorpos não são suficientes para impedir o desenvolvimento da doença.

Há quatro vacinas contra meningites bacterianas no Calendário Nacional de Vacinação, para menores de um ano de idade, que são: BCG, que protege contra meningite tuberculosa; a Vacina Pentavalente, que protege contra meningite por Haemophilus Influenzae tipo B; a Vacina Pneumocócica 10 Valente, que protege contra meningite pneumocócica; e a Vacina Meningocócica C, que protege contra meningite meningocócica tipo C.

Segundo Edna Vaccari, da coordenação de Saúde da Criança (Sesa), os pais precisam entender a importância de levar seus filhos para vacinar. “Pois somente com a conclusão do esquema vacinal que as crianças estarão protegidas”.

 

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