Dia Nacional da Economia Solidária: por uma economia mais justa e igualitária
Uma outra economia acontece. Com a distribuição justa de renda, substituição da figura do patrão por grupos produtivos, autogestão, ganho justo e preservação do planeta, a Economia Solidária vem ganhando cada vez mais espaço no Espírito Santo. Estamos falando de um tipo de economia que tem na essência a igualdade e, para isso, valoriza o ser humano e não o capital. Um tipo de produção em que o bem comum é mais importante do que o lucro e as vantagens de alguns, além de ser uma alternativa para as relações de trabalho convencionais.
Para comemorar as conquistas desse modelo de economia existente no Brasil, nesta sexta-feira (15), comemora-se o Dia Nacional da Economia Solidária, sancionada pelo Governo Federal por meio da Lei 13.928, de dezembro de 2019. Para isso, a Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Espírito Santo (Aderes) convida para a Live “A Economia Solidária como Estratégia de Desenvolvimento”, que acontece às 10 horas. Para acompanhar, basta acessar o link: https://youtube.com/live/4bQiISKQsVE?feature=share.
No Espírito Santo, cerca de três mil empreendedores atuam nesse modelo de gestão alternativo. Segundo o diretor técnico da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Estado, Hugo Tofoli, os projetos da Economia Solidária estão mais concentrados na Região Metropolitana da Grande Vitória. Apesar disso, esses projetos podem ser encontrados em diversas regiões do Estado.
Hugo Tofoli ressaltou que, nesse modelo econômico de gestão, os grupos produtivos, catadores de materiais recicláveis, da agricultura familiar e bancos comunitários são os que mais se destacam. Entretanto, o que reúne o maior número de empreendedores são as associações de materiais recicláveis.
“As associações de catadores estão presentes em 68 municípios e movimentam mais de R$ 1 milhão por mês. Porém, nesse modelo de gestão em que se valoriza as pessoas, sem exploração, com distribuição justa de renda e ainda cuidando do meio ambiente, outros tipos de atividades podem se juntar em grupos produtivos e aos empreendedores da economia solidária”, ressaltou Tofoli.
Para a conselheira Nacional e Estadual de Economia Solidária, Kézia Alice dos Prazeres, a Economia Solidária no Espírito Santo representa uma oportunidade mais justa de empreender a partir dos territórios, priorizando as relações humanas no processo econômico e um comprometimento com o desenvolvimento tanto econômico quanto social das localidades onde esses negócios estão implementados. “A economia solidária é uma outra economia que caminha na contramão do capitalismo, visando à luta contra a desigualdade econômica e à preservação do planeta”, disse Kézia Alice dos Prazeres.
Quando se trata do Espírito Santo, tanto a política pública quanto o movimento social organizado se destacam pela parceria e organicidade que permitem a construção de ações em conjunto, visando, prioritariamente, à sustentabilidade financeira dos empreendedores da economia solidária. Entre as ações realizadas, é possível destacar: editais de chamamento públicos; apoio e compra de equipamentos específicos para os empreendimentos; e linha de crédito com os bancos comunitários, também específico para os empreendimentos.
No entanto, quando se trata da comercialização dos produtos, o Estado é um dos poucos que proporciona espaços gratuitos para os empreendedores. Nesse caso, um exemplo são as lojas colaborativas nos terminais de transporte público, como também as feiras de comercialização apoiadas pela Aderes, sendo que esses espaços recebem o nome de Cidade Solidária, proporcionando aos empreendedores a geração de trabalho e renda.
Para o diretor-presidente da Aderes, Alberto Farias Gavini Filho, o principal objetivo da Agência é fomentar políticas públicas para esses empreendedores, que contribuem muito para a economia capixaba. “A Aderes se sente honrada de proporcionar políticas públicas que contribuem com o desenvolvimento desse segmento. São feiras de comercialização e divulgação de produtos, consultorias, cursos de qualificação, entre outras ações promovidas pela Aderes”, frisou.
A solidariedade na economia só pode ser realizada se ela for organizada igualitariamente pelos que se associam para produzir, comerciar, consumir ou poupar. Essa é outra forma de fazer economia.
Informações à Imprensa:
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Débora Pedroza
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