Empresa do setor de saúde é uma das primeiras apoiadas pelo Fundo de Proteção ao Emprego
O período de pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), aliado à adoção necessária de medidas de distanciamento social, alteraram consideravelmente a rotina e o ambiente de negócios. Como medida de enfrentamento aos impactos econômicos, o Governo do Estado disponibilizou ao empresariado capixaba recursos para capital de giro, por meio do Fundo de Proteção ao Emprego (FPE), operado pelo Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes).
O FPE disponibiliza capital de giro de maneira desburocratizada para que o empresário tenha um fôlego a mais e possa manter as atividades da empresa. Por meio desse crédito emergencial, a empresa pode manter suas atividades produtivas ou investir na adaptação do modelo de negócio para se preparar na abertura gradual da economia, contando com até 12 meses de carência e apenas a correção pela taxa Selic.
Luz no fim do túnel
O casal Felipe e Cíntia Seabra é um bom exemplo de quem viu no Fundo uma alternativa para manter o negócio funcionando. Proprietários da Clínica Felipe Seabra Fisioterapia Avançada, em Vitória, eles recorreram ao banco para acessar os recursos. Inaugurada em 2017, a empresa disponibiliza quiropraxia e osteopatia para tratamento de dores articulares e atividades físicas preventivas e de cuidados com a saúde e, como muitas outras empresas, sentiu o impacto em seu negócio causadas pela pandemia.
“Quando recebemos a notícia que era preciso fechar as portas em virtude das medidas necessárias ao combate da Covid-19, foi uma correria. Na época, tínhamos 110 alunos, distribuídos nas aulas de pilates, ginástica funcional, yoga, kickboxing, caratê, mais os atendimentos individualizados”, comenta Felipe Seabra.
A empresa precisou se readequar, reduzindo o atendimento para manter o distanciamento, encerrando as atividades coletivas e reduzindo a equipe. Para Cíntia Seabra, o acesso aos recursos do Fundo de Proteção ao Emprego possibilitará readequar o modelo de negócio. “Durante esta crise, percebemos que a Fisioterapia se tornou atividade fundamental para tratar dores, vindas do acúmulo de tarefas, tensão muscular, estresse, ansiedade, sedentarismo e do excesso de trabalho em escritórios improvisados dentro de casa. Foi um momento importante para repensarmos o nosso negócio e nos posicionar exclusivamente como clínica, para cuidar dessa demanda”, destaca Cíntia Seabra.
Ainda de acordo com a empresária, o entendimento do cenário, do mercado e das demandas que surgiram no período foram fundamentais para o investimento.
“Decidimos expandir o Pilates Terapêutico para a área desativada das atividades aeróbicas e aumentar a sala de Fisioterapia. Com a contratação do recurso, conseguiremos fazer a expansão e ainda garantir o capital de giro da empresa. Temos a expectativa de dobrar a capacidade produtiva, contratar mais profissionais e aumentar as vendas. Esse recurso veio num momento fundamental para a sobrevivência do nosso negócio”, enfatiza Cintia Seabra, sócia-administradora.
Esforço para agilizar as solicitações
O diretor-presidente do Bandes, Munir Abud de Oliveira, ressalta que a linha tem pouca burocracia e condições operacionais adequadas ao momento vivenciado pelo empresário. “Com os recursos disponibilizados, pretendemos apoiar empresas pertencentes aos setores diretamente afetados pela pandemia, especialmente bares e restaurantes, hotéis e pousadas, eventos sociais e culturais, atividades esportivas e turísticas, entre outras atividades afetadas pela pandemia”, sinaliza.
O financiamento contempla projetos de investimento de R$ 31,5 mil até R$ 1 milhão. O diferencial da linha de crédito é a taxa de juros, praticamente inexistente, uma vez que os financiamentos apenas são corrigidos pela taxa Selic e os prazos totais podem chegar a até 72 meses.
Atendimento on-line
Até o momento, o Bandes tem sido procurado por empresas de todos os portes para informações sobre a linha em todos os seus canais. Para acessar o crédito, o interessado deve entrar no site do banco e preencher um formulário que será remetido à instituição para cadastro e análise, a partir do início das operações da linha.
A linha de financiamento do Fundo de Proteção ao Emprego poderá financiar capital de giro em condições bastante atrativas, com prazo de até 72 meses para pagar, incluídos 12 meses de carência. A linha é considerada sem juros, uma vez que o recurso financiado só tem correção pela taxa Selic.
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