Equipe da Rede Abraço visita projeto de oficinas de cineclubismo
A equipe do programa Rede Abraço visitou, na última semana, as oficinas de cineclubismo do projeto “Cine Convida: educação sobre drogas como garantia de direitos”, que foi contemplado no Edital de Boas Práticas de 2020, da Secretaria de Direitos Humanos (SEDH). A iniciativa está sendo exibida no Museu Vivo da Barra do Jucu, em Vila Velha.
O projeto teve como objetivo principal promover debates educativos e de conscientização sobre a temática das drogas, por meio da realização de oficinas do cineclubismo, desenvolvendo um amplo conjunto de habilidades sociais e pessoais com os adolescentes e jovens cadastrados na Unidade de Saúde da Família (USF) da Barra do Jucu “Dona Gina”.
Para ser realizado, o projeto contou com a equipe da Unidade de Saúde da Família, com oficineira contratada e apoio de parcerias da comunidade local, que atuam com cultura e arte, como o Museu Vivo da Barra do Jucu.
Durante a visita, a equipe da Rede Abraço observou o fortalecimento do papel da atenção básica em saúde na prevenção do uso de drogas na adolescência, contando, inclusive, com a atuação das agentes comunitárias de saúde que contribuíram para a mobilização local.
Para o subsecretário de Estado de Políticas sobre Drogas, Carlos Lopes, o Cine Convida é um projeto inovador e que contribui para o fortalecimento de fatores protetivos, afirmação da cidadania e construção de identidades.
As oficinas
As oficinas foram realizadas com dois grupos de adolescentes e jovens que residem nos bairros atendidos pela Unidade de Saúde da Família da Barra do Jucu (Riviera da Barra, Barra do Jucu, Santa Paula I e II).
Na primeira parte do projeto, foram feitos encontros introdutórios e os grupos assistiram e debateram vídeos, como o videoclipe "AmarElo" (do rapper Emicida e participação de Majur e Pabllo Vittar), o filme "Cinco Vezes Favela, Agora por nós mesmos" (escrito, dirigido e realizado por jovens cineastas moradores de favelas do Rio de Janeiro e produzido por Carlos Diegues e Renata de Almeida Magalhães), o curta-metragem capixaba “Guri” (de Adriano Monteiro, tem como cenário a Barra do Jucu), entre outros.
Após o primeiro momento, os jovens que participaram do projeto deram início às oficinas de cineclubismo, em que foram trabalhadas noções gerais sobre audiovisual e sobre cineclubismo, e realizaram as próprias produções audiovisuais nas quais puderam expressar pontos de vista sobre a realidade em que vivem.
O encerramento das atividades previstas no projeto aconteceu no começo de setembro, com uma comemoração no cinema.
A idealizadora do projeto, a assistente social Pollyana Tereza Ramos Pazolini disse que todo o planejamento do projeto foi participativo, com os trabalhadores da unidade de saúde e a comunidade da Barra do Jucu.
Sobre o andamento do projeto, Pollyana Pazolini destacou como foi possível observar o fortalecimento de vínculos da equipe com os adolescentes e jovens, mas também dos jovens entre si. “Eles criaram vínculos entre eles e isso foi muito bacana. Outra coisa também que a gente percebeu na fala deles é como a gente criou um espaço protegido, de vínculo, de acesso à Unidade de Saúde, que eles não conheciam dessa maneira antes”, ressaltou.
“Também como a arte, no caso o cinema e o audiovisual, possibilita a gente enxergar o mundo, questionar e querer construir um mundo diferente daquilo que está colocado para a gente como única possibilidade e é isso também que foi interessante porque percebemos que os adolescentes conseguiram, ao longo da formação e das discussões, enxergar outras possibilidades de trabalho. Percebemos que foi possível ampliar os horizontes desses jovens, inclusive com esse universo do audiovisual como uma possibilidade de trabalho também”, acrescentou a assistente social.
Pollyana Pazolini comentou que a equipe pretende continuar com um projeto e que vem buscando articulações com o Centro de Referência da Juventude (CRJ), inaugurado pela SEDH em Terra Vermelha, Vila Velha, para dar continuidade às atividades.
Sobre o Edital de Boas Práticas
O Edital de Boas Práticas foi publicado em 2020 pela Secretaria de Direitos Humanos e contemplou, com o prêmio de R$ 25 mil, projetos desenvolvidos em três eixos: promoção, proteção e defesa dos direitos humanos; prevenção ao uso de drogas e reinserção social; e o cuidado e tratamento a pessoas com necessidades decorrentes do uso de drogas.
Em 2021, a SEDH, por meio do programa Rede Abraço, publicou o novo Edital de Boas Práticas, com modificação dos eixos temáticos, sendo desta vez todos voltados para o campo da política sobre drogas: prevenção ao uso de drogas; cuidado e tratamento a pessoas com necessidades decorrentes do uso de drogas; e reinserção social. O resultado está publicado no site da SEDH.
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