Equipe do HEC cria cadeira e andador para ajudar na recuperação de pacientes
Sentar, andar ou simplesmente ficar em pé. Esses são alguns movimentos comuns no dia a dia das pessoas, que parecem simples de serem realizados, mas que para alguns pacientes que sofreram Acidente Vascular Cerebral (AVC) e ficaram com sequelas no movimento de braços e pernas tornam-se ações complexas que necessitam de ajuda de especialistas para serem recuperadas.
Observando essa necessidade, a equipe de Manutenção do Hospital Estadual Central (HEC), localizado no centro de Vitória e gerenciado pela Associação Congregação de Santa Catarina, desenvolveu uma cadeira e um andador utilizando tubos hidráulicos em PVC, para serem usados no processo de recuperação desses pacientes.
De acordo com Jorge Luiz Sanchez, supervisor de Manutenção do hospital, os equipamentos foram construídos, passaram por uma série de testes e estão sendo utilizados na fisioterapia dos pacientes há 40 dias. A ideia surgiu a partir de uma matéria que ele viu na internet. “Li uma reportagem que falava de uma cadeira feita de PVC e levei o desafio para a equipe, que abraçou a causa”, contou.
São dois andadores e uma cadeira, todos feitos com canos hidráulicos. A fisioterapeuta Luana Tatagiba explicou que a partir do momento em que os objetos ficaram prontos e passaram nos testes, o trabalho de reabilitação dos pacientes foi melhorado, tanto pelo fato de o paciente poder ficar sentado sozinho, sem a necessidade de ser segurado por outra pessoa, quanto na realização das atividades de fisioterapia, já que o paciente consegue realizar os movimentos necessários de forma mais confortável. No caso do andador, o paciente tem maior segurança para dar os primeiros passos nos corredores do hospital nesse processo de recuperação. De acordo com a fisioterapeuta, os resultados têm sido muito positivos.
“Antes dessa cadeira a gente tinha que pegar o paciente, colocar na beira do leito e ficar segurando. Às vezes a gente pecava porque tentava segurá-lo e ao mesmo tempo realizar outro estímulo. Com a cadeira ficou muito melhor, você posiciona o paciente e ele consegue ficar sentado sozinho. Colocamos um espelho na frente dele e vamos dando os estímulos com comando verbal. É mais uma forma terapêutica. Nossa abordagem ficou diferente, agora podemos acrescentar outras terapias”, explicou Luana.
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