28/03/2017 16h40

Escola Estadual da Serra apresenta projeto de pesquisa na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia

Foto: Assessoria de Comunicação/Sedu

O projeto de pesquisa “A influência da mídia sobre o adolescente: alimentação, saúde, humor e padrões de beleza”, desenvolvido pela Escola Estadual Belmiro Teixeira Pimenta, na Serra, foi o único projeto, da rede estadual, a ser selecionado para apresentação na 15ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), em São Paulo, que ocorreu entre nos dias 21 a 23 de março.

O projeto capixaba foi aprovado num universo de mais de dois mil projetos desenvolvidos por estudantes de todo o Brasil, em que 346 deles foram aprovados para participar como finalistas na Feira.

Para a professora de Atendimento Educacional Especializado Alessandra Martins dos Santos Verdin Bremer, que desenvolveu o projeto com os estudantes da Serra, a participação na Febrace foi uma experiência inovadora.

“Os alunos participantes alcançaram um nível de maturidade e comprometimento muito alto. Eles superaram as próprias limitações e ficaram extremamente envolvidos. Aprenderam que a Ciência está integrada em todas as disciplinas e a sua importância vai além da sala de aula”, contou, reforçando que já está desenvolvendo um novo projeto para o ano que vem.

O projeto

O projeto de pesquisa “A influência da mídia sobre o adolescente: alimentação, saúde, humor e padrões de beleza”, trata das relações entre a vida corrida adotada pelo adolescente no meio urbano – da escola para o trabalho, e de lá para o curso pré-vestibular –, a formação de uma geração cujos padrões de beleza e alimentares não abarcam valores nutricionais básicos a uma dieta e a uma vida saudável, o papel da mídia neste processo formativo, e a potência representada pelas tecnologias de informação e comunicação para a produção de ferramentas que auxiliem a conversão dessa realidade.

Com o auxílio de ferramentas como entrevistas estruturadas destinadas a alunos do ensino médio da rede estadual e estudantes universitários, psicólogos, nutricionistas, publicitários e antropólogos, foram levantados os principais problemas, as possíveis deficiências nutritivas, as variações de humor e a produção de padrões de beleza por meio de diagnóstico especialmente pela percepção dos mesmos.

Com o uso de planilhas de avaliação foi feito um levantamento de restaurantes disponíveis em praças de alimentação em shoppings centers, bem como a análise de sua popularidade em uma das mais utilizadas mídias sociais e na TV. O objetivo dessa atividade foi verificar sua influência sobre a escolha de alimentos saudáveis e junk food e a produção de gostos alimentares na comunidade adolescente e jovem entrevistada.

Os resultados apontam, entre outros dados, que os adolescentes que têm até 10 minutos para tomar café da manhã (42% dos entrevistados) preferem alimentos categorizados pelos pesquisadores como prejudiciais (55%), e que se alimentam sem regularidade ou ingerem apenas as três refeições diárias principais (68%). Um total de 68% dos entrevistados declarou sentir estresse ao não se alimentar.

Dos entrevistados, 64% possuem até 4 horas livres por dia, 36% praticam atividades físicas até 2 dias por semana, 69% gostam do próprio corpo, mas, quando questionados se mudariam algo em si, 68% deles disseram que sim.

Poucos deles acreditam que os meios de comunicação influenciam no modo de ser e estar (46%). A respeito dos padrões de beleza, 72% dos entrevistados acreditam que não são influenciados pela mídia.

A equipe que fez a pesquisa concluiu que é preocupante a rotina de alimentação de adolescentes e jovens, que recorrem, cada vez mais ao chamado “junk food” (“comida lixo”, numa tradução literal do inglês), que são alimentos muito calóricos e de pouco valor nutritivo. Para os pesquisadores, é possível reverter esse cenário agravante com maior conscientização sobre a influência que a alimentação e a mídia podem exercer sobre a vida das pessoas.

Febrace

Promovida anualmente, a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) recebe projetos científicos de estudantes dos ensinos médio e técnico e conta com atividades voltadas para gestores e para os professores orientadores dos participantes, com o objetivo de despertar nos jovens o interesse pela ciência e de estimular a inovação e o empreendedorismo na educação básica.

Este ano, a feira contou com uma mostra de 346 projetos finalistas, desenvolvidos por estudantes de todos os estados do Brasil.

Os jovens tiveram seus projetos avaliados e aqueles que receberam as melhores classificações ganharam troféus, medalhas, bolsas e estágio, além de concorrerem a 70 bolsas de Iniciação Científica Júnior do CNPq e a uma das vagas (nove projetos, máximo 15 estudantes) para representar o Brasil na Feira Internacional de Ciências e Engenharia da Intel (Intel ISEF), que será realizada em maio deste ano, em Los Angeles (EUA).

Informações à Imprensa:

Assessoria de Comunicação / SEDU

Vivian Camargo/ Flávia Zambrone

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