Espírito Santo é o terceiro estado brasileiro que mais realiza transplantes
O Espírito Santo está entre os cinco estados que mais doaram e transplantaram órgãos no País. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi convidada a integrar uma mesa-redonda de exemplos regionais bem sucedidos no III Encontro Nacional das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, que acontece nesta quarta (24) e quinta-feira (25), em Campinas, São Paulo.
De janeiro a outubro de 2010 foram realizados 257 transplantes, contra 211 no mesmo período de 2009, o que significa um aumento de 21,8%. O desempenho coloca o Estado na terceira colocação nacional quando se analisa o número destes procedimentos realizados por milhão de habitantes. Em 2002, o Estado encontrava-se na 21ª posição. Quando se trata de doadores efetivos de órgãos, o Espírito Santo fica na quinta colocação.
Segundo a coordenadora da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) da Sesa, Rosemary Erlarcher, o aumento na realização de transplantes no Estado é fruto do conjunto de diversas ações da Sesa, que lançou há um ano a Política de Estímulo à Doação e Transplante de Órgãos.
Ela destaca o trabalho da equipe da CNCDO e das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT); a melhoria na logística do transporte dos órgãos, que inclui dois veículos e parceria para utilização do helicóptero da Polícia Militar; treinamentos dos profissionais de saúde e atividades de conscientização.
“Destacaria ainda a parceria com o Laboratório Imunológico do Lacen, que disponibiliza uma estrutura dinâmica para realização do exame de sorologia com resultado em apenas três horas”, ressalta. Esse é o exame que comprova que o doador está em condições fisiológicas para concretizar a doação, ou seja, sem nenhuma doença que possa prejudicar a realização do procedimento.
Conscientização
Embora atualmente o Estado tenha alcançado um lugar de destaque nacional, Rosemery Erlacher admite que o número de transplantes poderia ser maior se houvesse maior conscientização. Ela explica que em muitas situações nas quais a doação é possível, há negativa familiar, cujo índice é considerado alto não só aqui como em todo o Brasil.
Para incentivar a doação, o CNCDO vem realizando treinamentos com funcionários dos hospitais para deixar mais pessoas informadas e para melhorar especificamente a abordagem familiar. Além disso, é feito um trabalho de conscientização em escolas, igrejas e outras instituições.
A doação de órgãos só pode ser autorizada pelos familiares. A melhor maneira de facilitar a decisão é conversar sobre o assunto em vida, manifestando a vontade de ser doador de órgãos. A negativa ocorre quando a pessoa não deixa isso claro.
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