Espírito Santo não registra desmatamento e queimadas ilegais nos últimos 12 dias, aponta sistema
O Espírito Santo não identificou casos de desmatamento ilegal, queimadas e focos de incêndios nos últimos 12 dias. Os dados são do sistema Brasil Mais, adquirido recentemente pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama), e utilizado na Central de Monitoramento de Florestas (CMF) do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) desde o início do mês. A ferramenta tecnológica faz monitoramento diário da Mata Atlântica capixaba, permitindo o disparo de alertas, além de colaborar com a fiscalização.
“Estamos utilizando a tecnologia em diversas ações do nosso governo para trazer mais benefícios aos capixabas. Essa nova ferramenta faz o monitoramento de todo o território capixaba, podendo indicar os pontos de desmatamento ilegal de forma quase instantânea. É importante ter esse controle, pois quem comete um crime ambiental sabe que estará na mira da fiscalização. Ações como estas são importantes para controlarmos nossa cobertura florestal”, afirmou o governador Renato Casagrande, que fez o lançamento do sistema no dia 18 de setembro.
O sistema permite o monitoramento diário de toda a vegetação do Estado, além da emissão de alertas de desmatamento ilegal em tempo real. Ao detectar focos de incêndio rapidamente, será possível mobilizar equipes de combate a incêndios e evitar que as chamas se espalhem, minimizando os danos. O programa Brasil Mais pertence ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e faz o uso de imagens fornecidas por mais de 180 satélites.
A implementação dessa tecnologia é um passo significativo para ampliar o controle ambiental e garantir uma resposta rápida e eficaz na preservação das florestas e no combate aos incêndios que têm ocorrido no Estado, como os eventos das últimas semanas. O Espírito Santo, ao adotar essa abordagem inovadora, torna-se um exemplo de como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na preservação ambiental e na luta contra as queimadas.
“Desde a implementação da Central de Monitoramento, tem evidenciado a eficácia dessa iniciativa, posicionando o Espírito Santo na vanguarda do monitoramento ambiental no Brasil, com dados de qualidade e precisão. Essa ação reflete um esforço conjunto e sério dos fiscais estaduais, alinhando-se às metas do governo de erradicar o desmatamento ilegal, e serve de alerta para aqueles que ainda pensam em cometer crimes ambientais, pois a identificação e penalização serão rápidas e efetivas”, comentou o ponderou o secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Felipe Rigoni.
O diretor geral do Idaf, Leonardo Monteiro, acrescentou que os investimentos na Central de Monitoramento de Florestas – inaugurada em agosto deste ano – representam um marco no fomento ao combate ao desmatamento e às queimadas ilegais no Espírito Santo. A CMF também é utilizada para monitorar os passivos ambientais do Programa de Regularização Ambiental (PRA), áreas embargadas e que estão sendo reflorestadas e dados relativos à defesa agropecuária.
“Atualmente, não tem nenhum outro Estado brasileiro que conta com uma central como a nossa, quando falamos de qualidade e precisão dos dados. Essa nova ferramenta é um divisor de águas que veio para somar ao trabalho já realizado de forma habilidosa e séria pelos nossos fiscais. Estamos seguindo as diretrizes do Governo do Estado, com o objetivo de zerar o desmatamento ilegal. Quem ainda insistir em cometer crime ambiental no Espírito Santo pode saber que será identificado rapidamente e penalizado na esfera administrativa”, completou Monteiro.
Como funciona o sistema?
Com a capacidade de realizar comparações imagens diárias da mesma área, o algoritmo dispara a emissão de alertas aos agentes públicos de possíveis irregularidades ambientais, como o desmatamento ou a ocorrência de incêndios, atuando como um verdadeiro “vigia espacial”.
No intuito de qualificar a gestão ambiental do território, a ferramenta também se mostra importante no monitoramento contínuo de projetos como de reflorestamento ambiental e na dinâmica de seca ou de alagamentos de grandes áreas, fornecendo maiores informações aos gestores públicos na construção de políticas de enfrentamento dos impactos causados pelas mudanças climáticas.
O sistema é operado na Central de Monitoramento de Florestas do Idaf, que funciona em uma sala na sede do Instituto, que abriga cinco workstations de última geração com capacidade de processamento de imagens, além de um videowall com seis monitores de 55 polegadas para a avaliação de imagens e dados.
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