Espírito Santo reduz 37% dos assassinatos em dez anos
O Espírito Santo reduziu em 37% o número de assassinatos entre 2006 e 2016. Os dados são do Atlas da Violência 2018, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que foi divulgado nesta terça-feira (5). O Estado ainda se destacou na redução de mortes de mulheres, que caiu em 43%, o maior índice registrado pelo Brasil, nesse período de 10 anos.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Nylton Rodrigues, destacou os bons resultados que o Espírito Santo conquistou. “O Estado passou a ocupar a 19ª posição no ranking da violência. Em 2011, era o segundo lugar no ranking, para se ter uma ideia”, ressaltou
Nylton contou que o trabalho integrado das polícias e dos setores sociais serviu para a redução das mortes violentas de jovens (entre 15 e 29 anos) em terras capixabas. Em apenas sete Unidades de Federação (UF) verificou-se redução, com destaque para Paraíba, Espírito Santo, Ceará e São Paulo. No Estado, o índice caiu 28% em 10 anos (e 14,8%, entre 2015 e 2016).
O secretário ainda frisou que todo o resultado é fruto de um trabalho integrado. “Sempre soubemos que não mudaríamos aquele cenário do dia para a noite. Por isso houve investimentos, além das polícias, em construção de presídios, tirando os presos das delegacias. E agora demos um passo à frente em políticas sociais inovadoras, como o programa Ocupação Social, que oferece oportunidades para tirar o jovem da violência. A polícia tem um papel importante, mas sozinha não consegue superar esse desafio. E isso é resultado de muito trabalho ao longo da última década, desde o primeiro mandato do governador Paulo Hartung”, lembrou Nylton.
Mulheres e armas de fogo
Quanto às mortes de mulheres, o Espírito Santo passa a figurar na 15ª colocação em assassinatos de pessoas do sexo feminino. A maior queda de índices ao longo do período entre 2006 e 2016 ocorreu no Estado, com um patamar de 43%. O Governo do Estado oferece, pela Polícia Militar, visitas tranquilizadoras e programas como Homem que é Homem, da Polícia Civil, que são fundamentais na prevenção de incidentes.
O secretário ressaltou que entre 2006 e 2016 o Espírito Santo foi o terceiro estado a mais reduzir homicídios por armas de fogo. Se em 2006 era o 3º com mais taxas de crimes a partir desse instrumento, em 2016 foi para a 13ª colocação. “Em 2016, as nossas polícias apreenderam 3.236 armas. É importante esse foco para a prevenção de crimes”, lembrou.
Nylton também especificou, de acordo com o Atlas da Violência, que há nove estados nos quais as taxas de homicídio de negros decresceram na década 2006-2016. Entre esses, destacam-se as três maiores reduções: São Paulo (-47,7%), Rio de Janeiro (-27,7%) e Espírito Santo (-23,8%).
“A importância é ter continuidade da boa gestão, do foco ao combate aos crimes. Temos um índice de 40% de elucidação dos homicídios. E vamos seguir em frente, tendo a união dos investimentos nas áreas sociais e também no trabalho de investigação e patrulhamento das polícias”.
Hartung destaca atuação dos líderes da área de Segurança
“Esse resultado é fruto do trabalho que realizamos ao longo dos últimos anos no Espírito Santo. Em 2003, a Secretaria de Segurança era um pequeno traço no organograma do Estado. Equipamos e qualificamos as nossas polícias. Os presos se amontoavam nas delegacias e os presídios estavam sucateados. Iniciamos, então, um trabalho de restruturação do sistema prisional, o que nos permitiu retirar presos das delegacias e ampliar a capacidade de investigação de crimes em nosso Estado. Fundamos o Centro Integrado Operacional de Defesa Social (CIODES), que unificou o atendimento a ocorrências. O trabalho integrado das nossas polícias e a atuação dos líderes da área de segurança fizeram toda a diferença no planejamento e desenvolvimento das ações. Um trabalho que demandou tempo e determinação”, ressalta Hartung.
O governador destaca também as políticas sociais inovadoras implementadas no Estado para ajudar a combater a violência, como o Programa Ocupação Social, que já atende a 11 mil jovens das 26 regiões de maior vulnerabilidade social do Estado, oferecendo oportunidades para tirar esses jovens da violência. “ O papel da polícia é importante, mas ela sozinha não vai resolver esse desafio. Por isso estamos fortalecendo e equipando nossas polícias, mas ao mesmo tempo oferecendo uma rede de oportunidades para que esses jovens construam um novo caminho”, afirmou.
Soma-se ao Ocupação Social a Escola Viva, que torna o ambiente de estudo mais atraente e estimula a competência dos jovens; o Pacto pela Aprendizagem, que estabelece um regime de colaboração entre o Estado e as redes municipais de ensino; e o Jovem de Futuro, que reúne tecnologia educacional para o aprimoramento contínuo da gestão escolar.
Paulo Hartung falou ainda do esforço coletivo e contínuo das diversas instituições estatuais, em especial no enfrentamento à violência contra as mulheres: “O trabalho realizado por diversas instituições, como o Ministério Púbico, o Judiciário e as nossas polícias no enfrentamento da violência contra as mulheres também merece destaque. Valorizo os avanços que estamos colhendo nesses últimos anos, mas com a consciência de que há muito a ser feito para vencer a violência e ampliar a cultura da paz”, destaca.
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