20/08/2010 23h00 - Atualizado em 22/01/2019 14h24

Espírito Santo terá polo gás-químico em Linhares

Com o objetivo de desenvolver mercados mais flexíveis para o gás natural e agregar valor ao insumo, a Petrobras anunciou, na tarde desta sexta-feira (20), a implantação do polo gás-químico, que ficará em Cacimbas, Linhares. O anúncio foi feito pela diretora de Gás e Energia da empresa, Maria das Graças Foster, no Palácio Anchieta, junto com o governador Paulo Hartung.

Também estiveram presentes o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto; o secretário de Estado de Desenvolvimento, Márcio Félix; o presidente do Movimento Espírito Santo em Ação, Alexandre Theodoro; o prefeito de Linhares, Guerino Zanon, e o presidente da Fetransportes, Luiz Wagner Chieppe.  


De acordo com a diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, a implantação do projeto, que visa a  produzir ureia, metanol e derivados, representa bem o momento especial que vive a indústria de petróleo e gás no Brasil.

“O Espírito Santo vem adquirindo maturidade em relação à infraestrutura gasífera, que é o crescimento da sua capacidade de transporte e processamento de gás. Esse amadurecimento fez com que nós pudéssemos trabalhar no complexo gás-químico – ureia e metanol aqui no Espírito Santo. Aqui nós temos os gasodutos que precisamos e o Estado tem, ganhos em leilões e cinco plantas geradoras de energia elétrica. Então, encontramos, tanto do ponto de vista técnico quanto do econômico, um ambiente propício para a colocação do complexo”, afirmou a diretora.

Maria das Graças Foster.

Maria das Graças Foster informou que, “hoje, importamos ureia e metanol e todos os seus principais derivados, e com o empreendimento, o Brasil diminuirá a importação de insumos. “Esse é um momento é muito especial, pois vamos ficar autossuficientes em energia. E para sustentar a economia, precisamos ser autossuficientes em energia”. 

Segundo a diretora, ainda serão criados três núcleos de trabalho que irão discutir a localização exata, questões ambientais e questões tributárias. Além disso, o projeto ainda passará por mais duas fases de estudo até o início da obra. “Se tivermos sucesso nesses estudos, o Espírito Santo será vitorioso no que todo produtor de gás sonha: agregar valor ao insumo”, ressaltou.

Na opinião do secretário Mário Félix, o empreendimento pode atrair muitas empresas para ajudar no desenvolvimento do Estado. “O polo irá atrair muitas empresas que contratarão mão de obra capixaba, gerando emprego e renda para o Espírito Santo”, afirma.

Para o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, o Estado oferece muitas oportunidades. “Como o governador tem colocado, existem diversos pleitos e várias demandas, de modo que isso precisa ser analisado, e verificada a viabilidade econômica disso, e nós estamos permanentemente junto com o Estado analisando essas oportunidades, transformando-as em projetos viáveis para que a gente possa fazer os investimentos”.

A previsão de produção do polo é de 763 mil toneladas de ureia e 1.090 mil toneladas de metanol anualmente. Atualmente, a importação de ureia gira em torno de 70% da necessidade do País.

Devem ser gerados cerca de oito mil empregos durante a construção do polo e entre 500 e 800 empregos durante a operação. A previsão de início da operação é em 2015.



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