Estado intensifica ações para evitar a reintrodução do vírus do sarampo
O Espírito Santo é território livre de sarampo há 19 anos. Entretanto, diante do cenário atual, com as confirmações de casos na região Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) intensificou, junto com as prefeituras, as medidas para evitar a reintrodução do vírus no Estado.
Entre essas medidas estão o aumento da cobertura vacinal, a identificação precoce de casos suspeitos, a capacitação de profissionais e a emissão de alertas epidemiológicos aos profissionais de saúde e demais grupos de risco.
O sarampo é uma doença viral de elevada contagiosidade. Por isso, desde o ano passado, a Sesa realiza encontros da Equipe de Resposta Rápida ao Sarampo com objetivo de ter a atenção do Estado diante da conjuntura nacional da doença.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Danielle Grillo, explica que a vigilância ativa é para agir oportunamente, realizar o bloqueio vacinal seletivo e, assim, evitar casos secundários. “O Espírito Santo encontra-se no nível zero de atenção da doença, ou seja, não há confirmação de casos de sarampo. Para manter essa situação, o Estado faz o monitoramento de casos suspeitos da doença e se mantém vigilante para agir rapidamente caso haja a reintrodução do vírus”, afirma.
A atuação e vigilância da comunidade também se faz importante em ações como: atualização das cadernetas de vacinação e na procura do serviço de saúde caso a pessoa apresente os sintomas do sarampo, como febre e manchas vermelhas pelo corpo, acompanhadas de tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.
A Equipe de Resposta Rápida ao Sarampo tem a participação de representantes da Gerência de Vigilância em Saúde; do Programa de Imunizações; da Rede de Frio; do Laboratório Central (Lacen); do Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS); do Comitê de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH); do Núcleo de Atenção Primária à Saúde; e da Comunicação.
Números
A cautela e preocupação do Estado se dá, em especial, aos casos confirmados nos demais estados da região Sudeste este ano. São Paulo tem 66 casos confirmados, no Rio de Janeiro são 11 casos, e Minas Gerais, quatro.
No Espírito Santo não há casos confirmados com transmissão dentro do território desde o ano 2000. Em 2013, entretanto, houve um caso importado da doença que, devido às ações imediatas de vigilância e bloqueio vacinal, não desencadeou outros casos.
No ano passado, o Espírito Santo registrou 67 casos suspeitos, que foram todos descartados laboratorialmente. Até 22 de junho deste ano, foram notificados 24 casos, com 23 descartados e um em análise.
Atribuições da Atenção Primária para evitar a reintrodução do sarampo
Nessa quinta-feira (04), a Equipe de Resposta Rápida do Sarampo, reuniu no Auditório da Imunização, no prédio da Secretaria de Estado da Saúde, as referências da Vigilância, Imunização e da Atenção Primária de municípios da Grande Vitória.
Em pauta, as atribuições da Atenção Primária em Saúde (APS) para evitar a reintrodução do sarampo no Estado, como a adesão à vacinação e o acesso ao serviço de atenção primária.
“Sabemos da importância da APS na responsabilidade do cuidado da população. Precisamos estar juntos neste momento e alertar à Atenção Primária para que não possamos permitir que estejamos em uma situação complicada”, disse a chefe de Núcleo de Atenção Primária à Saúde, Tânia Mara Ribeiro.
Estiveram presentes representantes dos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica, Serra, Viana e Guarapari.
Vacinação é a única medida de prevenção
A coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Danielle Grillo, destaca que “o risco para as pessoas que não são vacinadas é de adoecimento e até mesmo morte por doenças imunopreveníveis” e que “tomar as vacinas é a melhor maneira de se proteger de uma variedade de doenças graves e suas complicações, entre elas o sarampo”.
Para proteção contra o sarampo deve ser feita a vacina tríplice viral (contra o sarampo, caxumba e rubéola) em crianças aos 12 meses de idade e a vacina tetra viral (contra o sarampo, caxumba, rubéola e varicela) aos 15 meses de idade.
Adolescentes e adultos até 49 anos de idade que não tenham a comprovação da situação vacinal na infância devem seguir o seguinte esquema:
- Pessoas de 1 a 29 anos de idade: devem ter 2 doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
- Pessoas de 30 a 49 anos de idade: devem ter 1 dose da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).
Trabalhadores da saúde (grupo de alto risco) devem ter 2 doses da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), independentemente da idade. A vacinação está disponível para toda a população nas unidades de saúde dos 78 municípios do Estado.
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