12/11/2010 14h00 - Atualizado em 18/01/2019 15h23

Estudo comprova viabilidade do uso do lodo de esgoto na agricultura

Estudos que estão sendo realizados pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) e o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) comprovam que o lodo proveniente de estações de tratamento de esgoto (ETEs) pode se transformar em fertilizante de ótima qualidade. Uma Unidade de Gerenciamento de Lodo (UGL) está sendo construída na ETE Civit, em Serra, e deve entrar em operação nos próximos seis meses.

Essa unidade vai receber todo o lodo gerado nas estações de Tratamento de Esgoto da Região Metropolitana da Grande Vitória e, depois de processado, vai para a reciclagem agrícola como adubo. Na implantação da unidade piloto, a Cesan está investindo aproximadamente R$ 1,8 milhão.

De acordo com o presidente da Cesan, Paulo Ruy Carnelli, além do ganho econômico para a agricultura do Estado, será resolvido o problema ambiental decorrente do depósito desse material sólido nos aterros sanitários.

Os testes que estão sendo realizados no campo, até agora, vêm comprovando que o fertilizante produzido a partir do lodo pode ser aplicado com sucesso nas culturas dos cafés Conilon e arábica, da banana, do eucalipto, da goiaba, da seringueira, da cana-de-açúcar, do açaí, da palmeira real e do abacaxi. Atualmente, as estações da Cesan na Grande Vitória geram em torno de 3.600 mil toneladas de lodo por ano.  

Benefícios

O lodo é considerado um valioso adubo orgânico e proporciona diversos benefícios, como o fornecimento de nutrientes para as plantas; o aumento do teor de alguns micronutrientes essenciais e da capacidade de retenção de água; e uma melhor estruturação do solo, pela presença de matéria orgânica.

O projeto sobre o uso do lodo na agricultura – cujo custo total é de R$ 856 mil – começou em outubro de 2007 e é resultado de um convênio de cooperação técnico-financeira entre a Cesan (R$ 676 mil) e o Incaper (R$ 180 mil). A pesquisa é um compromisso com o Banco Mundial.

Os resultados mostraram que o manejo do biossólido (lodo) requer, para o agricultor, equipamentos simples de proteção individual. O seu potencial de contaminação é menor do que o de outros adubos orgânicos. O projeto "Uso do lodo de esgoto na adubação de fruteiras" foi reconhecido pelo Prêmio Inoves 2009, na categoria Inovação Tecnológica.

Lançado pelo Governo do Estado em 2005, o objetivo do Prêmio Inoves é estimular a modernização da administração pública no Espírito Santo, reconhecendo formalmente os resultados alcançados por projetos que caracterizem a implementação de práticas inovadoras de gestão no setor público. 

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