Exposição O Trauma É Brasileiro em cartaz até o próximo sábado (24)
Da encruzilhada entre os campos da arte, da psicologia e do curandeirismo, a exposição O Trauma É Brasileiro, de Castiel Vitorino Brasileiro está em cartaz até o próximo sábado (24) na Galeria Homero Massena, Centro de Vitória. A artista, propõe oferecer a cura para o trauma sócio-histórico responsável por adoecimentos do Brasil contemporâneo manifestados através do racismo, do machismo e da LGBTfobia. A entrada é franca.
Aberto desde o último mês de junho, o trabalho apresenta a instalação Quarto de Cura e promove atendimentos individuais, aos modos das benzedeiras, entre a artista e o público. Como uma insurgência decolonial surgida a partir da reconstrução do laço ancestral Bantu, a exposição denuncia como o apagamento da diferença, a imposição de um modelo cultural e o racismo fundaram a sociedade brasileira.
Além das visitações e dos encontros clínicos com a artista, a exposição também conta com uma mesa de conversa. Quem assina o projeto de arte educação é a artista e doutora em Educação Kiusan Oliveira. O Trauma É Brasileiro conta com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura), por meio do Edital 019/2018 - Seleção de Projetos de Exposições de Artes Visuais.
Uma clínica efêmera para uma cura perecível
O Trauma É Brasileiro propõe uma experiência de cura e parte de uma cartografia que Castiel Vitorino tem feito no Morro da Fonte Grande, no Centro de Vitória - comunidade onde a artista nasceu e passou a infância com a família. Nessas visitas, seja presencialmente ou por meio do acesso a algumas memórias, ela tem atualizado os saberes Bantu que organizaram o modo de vida aquilombado de seus familiares.
O Quarto de Cura, instalação que já havia sido apresentada ao público em outros dois momentos, reúne obras criadas desde julho de 2018 a partir das investigações da história familiar da artista e registros de suas andanças por esse território temporal e geográfico: são fotografias, textos, mandingas, indumentárias e outros objetos.
Sobre Castiel Vitorino Brasileiro
Com 22 anos e graduanda do 9º período do curso de Psicologia pela Universidade Federal do Espírito Santo, Castiel Vitorino Brasileiro pesquisa e inventa relações em que corpos não-brancos se desprendem das amarradas da colonialidade. Idealizadora do projeto de imersão em processos criativos decoloniais. Produz estéticas e discursos que colaboram para a desestabilização de sistemas racistas, que ao longo da história subalternizam populações negras.
SERVIÇO
Última semana: exposição O Trauma É Brasileiro, de Castiel Vitorino Brasileiro e Renato Santos. Entrada franca.
Visitação até o próximo sábado (24)
De segunda a sexta-feira, das 9 às 18h
Sábado, das 13 às 17h.
Local: Galeria Homero Massena - Rua Pedro Palácios, nº 99 - Cidade Alta, Centro de Vitória, Vitória.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Secult
Aline Dias / Danilo Ferraz / Erika Piskac
(27) 3636-7111/99753-7583/99902-