Fábrica clandestina de carne salgada é interditada em Linhares
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) interditou, nessa quarta-feira (19), uma fábrica clandestina de carne salgada, localizada em Linhares. Na ocasião, aproximadamente 10 toneladas de jerked beef (carne seca) foram apreendidas e destruídas. O estabelecimento não era registrado em nenhum Serviço de Inspeção Oficial, exigido para toda indústria de produtos de origem animal.
Segundo o médico veterinário do Idaf Gustavo Colnago, os produtos estavam embalados como se fossem registrados junto ao Serviço de Inspeção Municipal (SIM), mas o número de registro não existe. “Foram apreendidos 110 mil rótulos falsificados. A ausência do registro impede a identificação da origem do produto. Além disso, o processo de inspeção sanitária é essencial para evitar que carnes impróprias ao consumo cheguem à mesa da população. No caso do jerked, é preciso um controle ainda maior, pois os sais de cura que são adicionados em seu preparo podem ser extremamente prejudiciais à saúde se ingeridos acima dos limites estabelecidos”, disse.
Além da destruição dos produtos e interdição da empresa até sua regularização, o proprietário foi multado. A ação contou com apoio da fiscalização volante do Idaf.
Trabalho nas divisas
A equipe do Instituto chegou ao local após a identificação em uma blitz realizada na barreira sanitária em Pedro Canário, na divisa do Espírito Santo com a Bahia, de uma carga que seria entregue neste estabelecimento.
Segundo o chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Idaf, Fabiano Fiuza Rangel, os produtos verificados na blitz estavam regulares, mas o órgão decidiu averiguar o estabelecimento de destino por suspeitar de sua regularidade. “Já conhecemos a maioria dos estabelecimentos que recebem produtos de origem animal e não sabíamos da existência desse em especial, por isso, decidimos realizar a fiscalização no local, tendo ficado comprovada sua irregularidade. O Idaf continuará mantendo seu trabalho para que os capixabas consumam um produto de qualidade”, alertou Fiuza.