Fapes lança caderno de inovação com resultados do Programa Centelha-ES
Os projetos da 1ª edição do Programa Centelha-ES, executados pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes), viraram um caderno especial com a coletânea das 53 ideias de negócios inovadores aprovadas no Edital da Fapes nº 07/2019. A reunião de todos os projetos e seus resultados foi idealizado e executado pela professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) - Campus Cariacica, Érika de Andrade Silva Leal.
A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançou, em 2019, o Programa Centelha, que atua como uma fagulha, uma faísca para estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora no Brasil. No Espírito Santo, a Fapes é a instituição executora do Programa e lançou, no 2º semestre de 2019, o 1º Edital referente ao Programa, convidando a população capixaba, pessoas físicas e jurídicas, para submeter suas ideias inovadoras.
O sucesso do programa surpreendeu e o Estado alcançou o 1º lugar no Brasil com o número de submissões de propostas. Ao todo, 3.553 projetos foram inscritos, contra os 1.219 de Santa Catarina, o 2º estado com mais adesões.
Com o investimento de R$ 3,1 milhões, o Espírito Santo apoiou 53 ideias. Dessas, 45 foram criadas especificamente no âmbito do Programa. Outro destaque do Centelha I foi a interiorização da inovação no Estado: foram contemplados projetos de 10 dos 78 municípios capixabas.
“Como é importante termos avaliações reais e científicas do resultado de políticas públicas. E este resultado do Centelha é fruto do crescimento acelerado do ecossistema capixaba de inovação. As startups nascentes a partir do apoio do Programa foram abrigadas nos nossos habitats de inovação, mostrando uma nova realidade e ao mesmo tempo sendo desafiadas. Com certeza o Centelha-ES foi um dos impulsionadores do crescimento do número e da qualidade dos nossos ambientes de inovação”, destacou o diretor-presidente da Fapes, Denio Arantes,
Denio Arantes também comentou sobre a parceria com a MCI para o lançamento do Centelha-ES em 2019: “é preciso ressaltar a importância da Mobilização Capixaba pela Inovação, a MCI, em tudo o que o Programa impactou no desenvolvimento do Espírito Santo. A MCI representa, de forma clara, o acordo feito pela sociedade capixaba, acordo necessário para se ter sucesso na inovação.”
O caderno recebeu o título de Programa de Apoio à Inovação para Micro e Pequenas Empresas e Disseminação da Cultura Empreendedora. Nele estão relatos dos envolvidos em cada projeto e os resultados bem relevantes que são inspiração para novas ideias. Clique aqui e leia o conteúdo.
“Atualmente, todos os projetos foram concluídos e as 53 ideias se transformaram em startups que já atuam no mercado capixaba, movimentando a economia do Estado e impulsionando o ecossistema de inovação local. Isso é ótimo! Superou nossas expectativas e demonstra que o investimento do Governo do Estado gerou retorno e impacto positivo para a sociedade com as novas soluções criadas para diversos setores do Espírito Santo”, contou o diretor de Inovação da Fapes, Elton Moura.
O prefácio do caderno “O papel do Programa Centelha no incremento à inovação no Espírito Santo” é assinado pela Cristina Engel de Alvarez que, na época da edição, ocupava o cargo de diretora-presidente da Fapes. O editorial é do atual diretor-presidente da Fundação, Denio Arantes.
No caderno, o superintendente da área de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) Marcelo Nicolas Camargo faz uma análise do Programa Centelha no contexto nacional e, em especial, no Espírito Santo.
Startups contempladas na 1ª edição do Centelha-ES
A empresa capixaba ‘Isso não é uma Escola’ fez jus ao nome ao ir além dos métodos tradicionais de ensino e oferecer um serviço de aprendizagem por assinatura, com a produção de conteúdo autoral e curadoria a fim de oferecer uma experiência diferente a jovens e adultos.
O empreendimento, situado em Vitória, ainda está se preparando para comercializar o produto por assinatura, que vai custar R$ 30 mensais. O projeto é fruto do Programa Centelha e já gerou registro de marca. Como planos futuros, a cofundadora da empresa pontuou o aprimoramento do produto, a consolidação da marca e o escalonamento da operação.
“O Centelha representou um aporte fundamental para a execução do projeto no formato atual. O investimento financiou o aprimoramento do serviço e agregou diversos elementos que o projeto não teria condição de ter sem esse capital semente. Vida longa ao Centelha!”, declarou Carolina Maria Moreira Alves, cofundadora da empresa.
Outra startup que atua na área da educação é a ‘Klumie Laboratórios de Inovações Tecnológicas Sociais’. A empresa criou uma plataforma digital acompanhada de aplicativo com o objetivo de promover a inclusão de surdos no mercado de trabalho, tendo em vista as dificuldades que grande parte desse público encontra ao se candidatar a uma vaga de emprego.
A plataforma Klumie disponibiliza cursos de qualificação profissional em dois idiomas: português e língua de sinais. “O aplicativo está integrado à plataforma e conecta os cursos, as ofertas de vagas e o glossário, construído a partir de inteligência artificial, e que abrange as terminologias educacionais e institucionais”, explicou a CEO da empresa Janine Gomes da Silva.
A empresa, fundada em 2020, começou com clientes do Estado e hoje já atende o mercado nacional. Janine Gomes da Silva enfatizou que, ao longo dos processos de incubação e aceleração a partir do Programa Centelha, o modelo de negócio foi aprimorado e hoje o público-alvo são as empresas e indústrias com mais de 100 funcionários e que precisam se adaptar à Lei de Cotas.
“A partir do Programa Federal de Incubação Cruzada nos conectamos com três empresas da África do Sul e estamos planejando ações estratégicas para ampliar o alcance da Klumie”, frisou.
A empresa ‘Colordente’ é uma startup que atua na área da saúde e também foi contemplada pelo Centelha-ES em 2019. É que a empresa criou um aplicativo que vai auxiliar os dentistas no momento de classificação da cor do dente em processos de restauração, dessa forma, o trabalho que os profissionais têm durante determinados tratamentos odontológicos agora podem ficar mais baratos e acessíveis.
O diretor da empresa, Eduardo Fonseca de Souza Lima, esclareceu que o ‘Colordente’ está disponível para as versões Android e iOS nas lojas de aplicativos Play Store e Apple Store, mas ainda na versão restrita, pois está em fase de testes.
A empresa é do município de Alto Rio Novo e foi incubada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo (Ifes) campus Serra durante a execução do Programa Centelha e o projeto já gerou registro de marca e de software. Como planos para o futuro, o diretor da empresa relatou o desejo de finalizar a parte de faturamento, que é a estrutura de pagamentos, a execução da primeira venda e o aprimoramento do design do aplicativo.
Ainda na área da saúde, a startup ‘Lume Robotics’ criou uma tecnologia que auxilia no diagnóstico precoce do câncer. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), 16,7% dos exames falham na qualidade do laudo no que diz respeito à correção e classificação de tumores malignos ou benignos. E foi pensando nesse cenário que a empresa capixaba desenvolveu o sistema Diagnóstico de Neoplasias por Inteligência Artificial (DNIA), uma solução baseada em redes neurais profundas (Deep Learning) e exames de imagem.
“Esse sistema é capaz de detectar neoplasias malignas e benignas, estimando a sua localização e tamanho, dando suporte e automatizando a produção de laudos, com qualidade igual ou superior à humana, e com ganho de produtividade e tempo de resposta”, explicou o diretor financeiro da Lume Robotics, Raphael Vivacqua Carneiro.
O produto desenvolvido no Programa Centelha traz uma série de benefícios para a área da saúde uma vez que se trata de um sistema computadorizado com uma precisão de classificação de exames de imagens superior à capacidade humana. Isso porque, mesmo com profissionais altamente treinados, ocorrem incorreções decorrentes de falhas humanas, conforme indicam estatísticas do INCA apresentadas anteriormente.
No caderno, os leitores terão acesso a matérias detalhadas de todos as 53 ideias contempladas na 1ª edição do Centelha-ES e que se transformaram em empreendimentos que oferecem soluções inovadoras para a sociedade nas mais diversas áreas. Clique aqui e leia o caderno na íntegra.
Serviço:
Caderno de Inovação da Fapes: Centelha I
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Fapes
Samantha Nepomuceno
(27) 3636-1867
comunicacao@fapes.es.gov.br