Febre amarela: número de notificações está diminuindo
Devido ao avanço da cobertura vacinal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vem registrando queda nas notificações de casos suspeitos de febre amarela. Por isso, a recomendação é para que a pessoa que não tem restrição para se vacinar e ainda não foi imunizada procure uma unidade básica de saúde em seu município para receber a proteção. Todas as cidades capixabas têm vacina disponível.
Para quem pretende se deslocar para áreas de floresta e ainda não foi vacinado, a orientação é que viaje somente em caso de extrema necessidade. Se a viagem for mesmo necessária, é recomendado o uso de repelente e roupas que protejam o corpo, como blusas de manga comprida, calças e também calçados que cubram bem os pés.
Uma pessoa com febre amarela apresenta, nos primeiros dias, sintomas parecidos com os de uma gripe. Entretanto, esta é uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os sintomas mais comuns são febre nos primeiros sete dias e mal-estar. Diante de algum desses sintomas, a pessoa deve buscar atendimento médico.
Contraindicações
A vacinação contra febre amarela segue critérios recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações. O Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica de risco-benefício e deve ser analisada caso a caso nas situações de surto da doença.
Também devem buscar orientação profissional as pessoas que têm histórico de reação alérgica a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos com proteína bovina) e pacientes com histórico anterior de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, ausência de timo ou remoção cirúrgica).
A vacina é contraindicada para:
- Crianças menores de 6 meses de idade;
- Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza;
- Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave;
- Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);
- Pacientes submetidos a transplante de órgãos;
- Pacientes com imunodeficiência primária;
- Pacientes com neoplasia;
- Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras);
- Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica);
Cobertura vacinal
Até o momento, foram distribuídas 3.332.030 doses da vacina contra febre amarela para todo o Espírito Santo. De acordo com informações enviadas pelos municípios, 2.570.586 pessoas já foram imunizadas, o que representa uma cobertura vacinal de 71,84% da população em todo o Estado. O esperado é que todos os municípios imunizem 100% de suas populações, respeitando os critérios de vacinação. Até o momento, sete cidades capixabas alcançaram essa meta e 32 municípios estão com mais de 80% de cobertura vacinal. Em outros 39 municípios, a cobertura vacinal está abaixo de 80%.
DISTRIBUIÇÃO DE VACINAS DE FEBRE AMARELA POR REGIÃO DE SAÚDE* |
|||
Região |
Número de Municípios |
Doses Distribuídas |
Doses Aplicadas |
Metropolitana |
20 municípios |
1.847.605 |
1.405.408 |
Norte |
14 municípios |
335.685 |
268.069 |
Sul |
26 municípios |
568.620 |
440.576 |
Central |
18 municípios |
580.120 |
456.533 |
Total |
3.332.030 |
2.570.586 |
*Valores referentes às 3.450.000 doses enviadas ao Estado pelo Ministério da Saúde.
Febre amarela
A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco infectado, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas.
Nas cidades, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, da zika e da chikungunya. Pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti e provocar a transmissão da doença dentro das cidades, o que não acontece no Brasil desde 1942.
Uma vez que a febre amarela no meio urbano é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, eliminar depósitos que possam acumular água é uma das medidas de prevenção. Por isso, é importante que a população escolha um dia fixo da semana para combater o mosquito em casa, e, assim, impedir a proliferação do vetor eliminando seus criadouros.
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