25/03/2017 10h05

Febre amarela: número de notificações está diminuindo

Foto: Fred Loureiro/Secom

Devido ao avanço da cobertura vacinal, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vem registrando queda nas notificações de casos suspeitos de febre amarela. Por isso, a recomendação é para que a pessoa que não tem restrição para se vacinar e ainda não foi imunizada procure uma unidade básica de saúde em seu município para receber a proteção. Todas as cidades capixabas têm vacina disponível.

Para quem pretende se deslocar para áreas de floresta e ainda não foi vacinado, a orientação é que viaje somente em caso de extrema necessidade. Se a viagem for mesmo necessária, é recomendado o uso de repelente e roupas que protejam o corpo, como blusas de manga comprida, calças e também calçados que cubram bem os pés.

Uma pessoa com febre amarela apresenta, nos primeiros dias, sintomas parecidos com os de uma gripe. Entretanto, esta é uma doença grave, que pode complicar e levar à morte. Os sintomas mais comuns são febre nos primeiros sete dias e mal-estar. Diante de algum desses sintomas, a pessoa deve buscar atendimento médico.

 

Contraindicações

 

A vacinação contra febre amarela segue critérios recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações. O Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica de risco-benefício e deve ser analisada caso a caso nas situações de surto da doença.

Também devem buscar orientação profissional as pessoas que têm histórico de reação alérgica a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos com proteína bovina) e pacientes com histórico anterior de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, ausência de timo ou remoção cirúrgica).

 

A vacina é contraindicada para:

 

- Crianças menores de 6 meses de idade;

- Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza;

- Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave;

- Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);

- Pacientes submetidos a transplante de órgãos;

- Pacientes com imunodeficiência primária;

- Pacientes com neoplasia;

- Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou outras);

- Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica);

 

Cobertura vacinal

 

Até o momento, foram distribuídas 3.332.030 doses da vacina contra febre amarela para todo o Espírito Santo. De acordo com informações enviadas pelos municípios, 2.570.586 pessoas já foram imunizadas, o que representa uma cobertura vacinal de 71,84% da população em todo o Estado. O esperado é que todos os municípios imunizem 100% de suas populações, respeitando os critérios de vacinação. Até o momento, sete cidades capixabas alcançaram essa meta e 32 municípios estão com mais de 80% de cobertura vacinal. Em outros 39 municípios, a cobertura vacinal está abaixo de 80%.

DISTRIBUIÇÃO DE VACINAS DE FEBRE AMARELA POR REGIÃO DE SAÚDE*

Região

Número de Municípios

Doses Distribuídas

Doses Aplicadas

Metropolitana

20 municípios

1.847.605

1.405.408

Norte

14 municípios

335.685

268.069

Sul

26 municípios

568.620

440.576

Central

18 municípios

580.120

456.533

Total

3.332.030

2.570.586

*Valores referentes às 3.450.000 doses enviadas ao Estado pelo Ministério da Saúde.

Febre amarela

 

A febre amarela silvestre é transmitida pela picada de mosquitos Haemagogus e Sabethes, que vivem em matas e vegetações à beira dos rios. Quando o mosquito pica um macaco infectado, torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A forma silvestre da doença é endêmica nas regiões tropicais da África e das Américas.

Nas cidades, a doença é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue, da zika e da chikungunya. Pessoas que fazem ecoturismo ou que entram em matas por algum outro motivo correm o risco de serem picadas pelo mosquito Haemagogus infectado e contrair a doença. De volta à área urbana, essas pessoas podem ser picadas pelo Aedes aegypti e provocar a transmissão da doença dentro das cidades, o que não acontece no Brasil desde 1942.

Uma vez que a febre amarela no meio urbano é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, eliminar depósitos que possam acumular água é uma das medidas de prevenção. Por isso, é importante que a população escolha um dia fixo da semana para combater o mosquito em casa, e, assim, impedir a proliferação do vetor eliminando seus criadouros.

 

 

 

Informações à imprensa

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde

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Tels.: (27) 3347-5642/3347-5643/99969-8271/99943-2776/99983-3246

 

 

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