29/11/2010 00h10 - Atualizado em 16/01/2019 12h49

Festa feminina no 10º Prêmio Cafuso/UCC de qualidade de café

Hilda Stein Krokling, do município de Marechal Floriano, é a vencedora do 10º Prêmio Cafuso/UCC para os Cafés das Montanhas do Espírito Santo. A produtora de 83 anos foi considerada a melhor do Estado e levou para casa um cheque no valor de R$ 20.000. A amostra de seu café foi selecionada entre as 560 inscritas na disputa por cafeicultores de 18 municípios capixabas em 2010. O segundo lugar foi para outra mulher, a produtora Renata Vargas de Souza, de Conceição do Castelo, e a terceira colocação ficou com cafeicultor João Manegoni, de Venda Nova do Imigrante, que receberam R$ 10 e 15 mil respectivamente.

Além dos três grandes vencedores, também houve a premiação por município. Ao todo, foram distribuídos R$ 160 mil entre os ganhadores. O Prêmio é uma realização da Realcafé, em parceria com a torrefadora japonesa Ueshima Coffee Company (UCC), e também com a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). A coordenação é da Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas do Espírito Santo (Pronova)

Dona Hilda Stein Krokling foi a vencedora.

Um público de mais de 1.000 pessoas participou da solenidade de premiação, na noite de sábado (28) em Venda Nova do Imigrante. Dentre elas estavam diversas autoridades do Espírito Santo, como o governador Paulo Hartung e o governador eleito Renato Casagrande, o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, o diretor-presidente do Incaper, Evair de Melo, além de empresários, como o presidente da Realcafé, Sérgio Tristão e o diretor de compras da UCC no Brasil, Shota Takemoto.

Paulo Hartung parabenizou os produtores rurais pelo constante investimento na qualidade do café nos últimos anos e ressaltou que a mudança de postura promove o desenvolvimento da economia do Estado, além de proporcionar maior renda ao trabalhador do campo. “Além de buscar a qualidade da produção é fundamental diversificar a atividade agrícola. Isso garante uma renda estável, já que quando uma cultura está em crise, outra está em alta, e a média permite um bom retorno financeiro”, acrescentou o governador.

Hartung também salientou a importância de políticas públicas que incentivem o desenvolvimento e a geração de renda no interior. “Precisamos dar oportunidades à juventude rural para viver com dignidade no interior. Os grandes centros urbanos estão inchados. É preciso espalhar o desenvolvimento”, concluiu.

O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, ressaltou que o prêmio não só reflete a evolução da qualidade do café capixaba, mas também do cultivo com a preservação do meio ambiente. “Um dos pontos importantes que diferencia esse concurso é que não apenas a qualidade de aroma e sabor são levados em conta. As condições ambientais também fazem parte da pontuação. Com isso queremos ajudar a aprimorar a qualidade do café e o respeito ao meio ambiente, visando melhorar a qualidade de vida dos cafeicultores e das famílias do campo”, afirmou.

Dona Hilda Stein Krokling foi a vencedora.

O diretor-presidente do Incaper, Evair de Melo, é um dos idealizadores do evento e atuou como mestre de cerimônias durante a premiação. Para ele, o prêmio é importante por estimular os produtores a continuar a investir na qualidade. “Atualmente, produzir com qualidade é o caminho para alcançar mercados diferenciados e garantir maior rentabilidade na atividade. Estou muito feliz com o resultado da competição. Os cafeicultores capixabas produziram ótimos cafés de uma forma geral e nunca na história de uma premiação de qualidade de café foi distribuída uma quantia tão alta: R$ 160 mil ao todo”, comemorou Evair.

O presidente da Realcafé, Sérgio Tristão, que patrocina o evento desde o primeiro ano, afirmou estar satisfeito por constatar o aprimoramento da cafeicultura do Estado, especialmente no ano em que se comemora 75 anos das empresas do grupo Tristão. "Ao buscar a excelência e implantar melhorias nos procedimentos, o produtor agrega mais valor ao seu café. Em alguns casos, o preço da saca de cafés de qualidade chega a ser o dobro em relação às que não observam os critérios de excelência para plantio e secagem dos grãos", destaca.

Segundo o empresário, os cafés de qualidade têm espaço nas prateleiras do mercado mundial. "Querem cada vez mais o bom café produzido aqui. Esperamos ampliar a oferta desse tipo de café e ocupar cada vez mais espaço nesse mercado. A expectativa é que a demanda mundial cresça ainda mais nos próximos anos, e o Brasil apresenta condições favoráveis para ampliar a cultura de produtos de qualidade. Além disso, as tradicionais regiões fornecedoras, como a América Central e a Colômbia, estão estagnadas, contribuindo ainda mais a abertura do mercado para os nossos cafés", finaliza.

O prêmio

Voltado para os produtores da variedade Arábica dos municípios localizados na região das montanhas do Estado, o prêmio visa a incentivar a busca pela excelência na produção, como meio mais eficaz de conquistar novos mercados e atender a crescente demanda por cafés diferenciados.

Para os municípios que tiveram entre 10 e 30 amostras inscritas, o valor do prêmio foi de R$ 3 mil para o primeiro, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro colocado. Aos locais com mais de 31 amostras competindo, a premiação foi de R$ 5 mil, R$ 3 mil e R$ 2 mil para os três primeiros colocados, respectivamente. Além disso, os quartos e quintos colocados de cada município receberam prêmio no valor de R$ 500,00.

No município onde não houve o número mínimo de nove amostras inscritas, somente o melhor lote selecionado disputou o grande prêmio. Além da premiação em dinheiro, os cafeicultores são beneficiados com ágio sobre o preço de seu produto e receberam certificado de qualidade.

Entre os critérios observados para a pontuação sócio-ambiental estiveram: rastreabilidade, utilização de fertilizantes e defensivos, gestão do solo e dos resíduos, procedimentos de colheita e pós-colheita, conservação do meio ambiente e saúde e segurança do trabalhador. O resultado da análise sensorial desenvolvido por uma comissão julgadora corresponde aos outros 80% da avaliação.


Confira os primeiros colocados de cada município:

Afonso Cláudio: João Turra Nunes

Alfredo Chaves: Jhonatas Afonso Sartori Zucolotto

Brejetuba: Mozaniel Silva de Lima

Castelo: Luiz Carlos Cecotti

Conceição do Castelo: Renata Vargas Rigo de Souza (2 ºlugar estadual)

Domingos Martins: Adriano Orlando Wruck

Ibatiba: Antônio Gomes Pereira

Itaguaçú: Geraldo Francisco Casagrande

Itarana: Aristeu Possimoser

Iúna: Adair Leocádio Pereira

Marechal Floriano: Hilda Stein Krokling (1 ºlugar estadual)

Muniz Freire: Antonio Pessim

Santa Maria de Jetibá: Nicolau Arnholz

Santa Teresa: Nicoly Gomes Covre

São Roque do Canaã: Lafaiete Francisco Alves

Vargem Alta: Jose Luiz Machado

Venda Nova do Imigrante: João Manegoni (3 ºlugar estadual)



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