Fluxos no tratamento em Saúde Mental é pauta de seminário da Secretaria de Estado da Saúde
O entendimento dos fluxos para o tratamento de pessoas com transtornos mentais e, sobretudo, de dependentes químicos na rede de saúde pública serão os dois pontos principais a serem discutidos no Fórum Estadual de Saúde Mental, que será promovido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) nesta sexta-feira (26). O evento será realizado das 08 às 12h30, no auditório um da Faesa da Avenida Vitória.
O Fórum é um espaço de comunicação e troca de experiências, na medida em que reúne profissionais da Saúde e de outras áreas afins ao assunto, como coordenadores municipais e equipes de referência de saúde mental, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Centros de Tratamento ao Toxicômano (CTTs), hospitais, professores e estudantes, representantes do poder judiciário, segurança pública, com o intuito de discutir inovações nos serviços já ofertados.
“Vamos discutir a organização e fluxo da Rede de Atenção em Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas em duas mesas específicas. Mas também apresentar um balanço das ações e avanços conquistados no campo, além dos desafios que temos pela frente”, explica a coordenadora a Rede de Saúde Mental da Sesa, Inêz Torres.
De acordo com Torres, o funcionamento da Rede de Saúde Mental envolve esforços dos serviços da atenção primária – como equipes de referência em saúde mental nas unidades de saúde; da atenção secundária – que são os Caps e os CTTs; e da atenção terciária – como os hospitais onde são feitas as internações.
Segundo a coordenadora, o modelo de assistência em rede é o mais eficaz neste tipo de tratamento, principalmente de pacientes dependentes de álcool e outras drogas, que representam uma nova e importante demanda. “Dentro da política da Atenção em Saúde Mental, o campo para assistência do usuário de álcool e outras drogas é um assunto relativamente recente, cujo volume vem aumentando a cada dia”, diz Inêz Torres.
“Neste momento estamos trabalhando para que haja uma mudança cultural. Inicialmente a população achava que o tratamento deveria ser feito apenas nos hospitais, enquanto que o ideal é a assistência realizada no conjunto de rede. É preciso ter equipes organizadas na atenção primária, nos centros de tratamento e hospitais, quando for necessário. O tratamento não se resume em internação”, ressalta a especialista.
Avanços
“Os investimentos do Governo do Estado na área é um marco fundamental. Saímos de 2009 com 19 Caps. Em 2010 já foram iniciadas entregas, entre Caps e CTTs, com duas inaugurações – uma em Nova Venécia e outra em São Mateus. Os Caps de Castelo e de Santa Maria de Jetibá e Cachoeiro de Itapemirim estão em fase de conclusão”, salienta Inêz Torres.
A organização da Rede de Atenção em Saúde Mental inclui ainda a construção de 10 CTTs. “Em pouco tempo, o número de serviços será de quase 100% do que era em 2009, com uma oferta de atendimento de mais 2.700 usuários por mês. Serão aproximadamente R$ 15 milhões de investimentos no total, entre obras e equipamentos”, diz a coordenadora.
“Houve também a reestruturação dos serviços de urgência em saúde mental da Macrorregião Centro. O Hospital Estadual de Atenção Clínica teve a área otimizada e o setor de urgência em saúde mental teve o número de leitos dobrado. Também foi criado um serviço de urgência em saúde mental na Região Sul”, conclui a especialista. Além disso, a Sesa abriu leitos exclusivos para adolescentes usuários de drogas , no Hospital dos Ferroviários, em Vila Velha.
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